segunda-feira, março 31, 2003
Lisa Marie
A curiosidade fez com que puxasse o clipe da canção "Lights Out" da Lisa Marie Presley, sim a filha do rei Elvis que foi casada com o Michael Jackson. Fiquei surpreso em ver um clipe bem feito (dirigido por Francis Lawrence) e uma canção que consegue ser uma boa apresentação do seu álbum de estréia, um pop rock que não é ruim (lembrando Sheryl Crow). Ela está na capa da nova Rolling Stone e tem uma matéria extensa que acho que vale a lida (coisa que ainda não fiz). Da primeira vez que vi o clipe fiquei na dúvida se a canção era apresentável pela boa realização do clipe (e os olhos penetrantes de Lisa, que com todo o respeito, clamam por sexo), aquela coisa da canção que se sustenta pelo clipe, mas aí ouvi outra vez sem ver o vídeo e continuei achando uma boa canção pop/rock.
Com pessoas como ela bate aquela dúvida de que se você namorasse com ela iria tocar nos assuntos Elvis e Michael em algum ponto do relacionamento? Como era o pai, como foi o lance com Michael? Eu realmente não conseguiria namorar alguém como ela sem querer saber detalhes do que teve com Michael, pelo fato estar envolto em muito mistério e fofoca. Será que Nicolas Cage abordou esse assunto? Será que por isso o casamento deles (Nic e Lisa) foi rápido demais (para casar e para se separar)? Perguntas... Acho que a matéria da Rolling Stone toca nesses assuntos.
Bom, fica a sugestão de conferirem o clipe da moça.
P.S. 1 - o álbum sai dia 08 de abril; outra canção que ouvi, The Road Between, tem uma sonoridade mais country; há um artigo falando dela no NY Times deste domingo que pode ser acessado aqui.
Lights Out
Written by Lisa Marie Presley, Glen Ballard & Clif Magness
Lyrics by Lisa Marie Presley
You were a million miles behind.
And I was crying every time I'd leave you.
Then I didn't want to see you.
I still keep my watch two hours behind.
Someone turned the lights out there in Memphis.
That's where my family's buried and gone.
Last time I was there I noticed a space left.
Next to them there in Memphis.
In the damn back lawn.
I didn't know that I was in the crowd.
And the fresh cut grass stopped growing.
Everything on my shelf has fallen.
I still keep my watch two hours behind.
Someone turned the lights out there in Memphis.
That's where my family's buried and gone.
Last time I was there I noticed a space left.
Next to them there in Memphis.
In the damn back lawn.
Was that bridge I was crossing.
Somewhere I stopped walking.
I guess I fell off on my own.
I heard all the roads they lead to Memphis.
Except for the one I'm stumbling down.
And I'll be damned if I ever get this, little son of a bitch from Memphis.
Well it's all there I guess.
And I haven't forgot.
P.S. 2 - o EPK (Electronic Press Kit) dela pro Japão vale ver visto, pode ser puxado aqui. E o making of de Lights Out é bem legal com ela falando do conceito do vídeo, bem interessante ainda mais com a voz forte dela, pode ser visto aqui.
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sexta-feira, março 28, 2003
THE SHIELD
Depois de ver 4 episódios considero-me fã da série e uma das melhores em exibição atualmente. No gênero é a melhor, na parte dramática fica pau a pau com 24 Horas e no geral não podemos esquecer de Curb Your Enthusiasm. Claro que sem esquecer de Boston Public e O Desafio (que não vai ser exibido na próxima temporada aqui). Tem Sopranos que eu pouco vejo, mas o que vi foi muito bom. Voltando ao The Shield, que série! Fazia tempo que não gargalhava vendo uma série e não é porque seja engraçado, mas é a gargalhada de quando vemos algo que adoramos, um "putz, muito bom" em forma de explosão de risos. Torcemos para o personagem principal não ser pego em seus casos de corrupção, achamos ridículos a integridade de outros e de como são facilmente enganados em sua ingenuidade, aplaudimos as atitudes mais politicamente incorretas realizadas por parte do elenco e somos brindados com um elenco em grande forma, roteiros bem sacados e direção impecável. Michael Chiklis merece todos os prêmios que vem recebendo. Há algo na série que dificilmente vi em outras feitas nos Estados Unidos que é a normalidade da malandragem nos comportamentos cotidianos dos policiais da série, uma lógica própria e convincente para as ações mais fora da regra possíveis, deixando tudo na grande área cinza do que é exatamente correto ou errado. Às vezes parece que eles não estão em Los Angeles, mas andando pelo Rio ou São Paulo. Gostaria de saber a reação de autoridades com a série, creio que a polícia não auxilia muito a produção, pois o retrato pintado não é nada bom. Muita gente pode condenar a série por achar que faz apologia da corrupção e criminalidade dentro da lei, minha mãe mesmo vendo algumas cenas não quis mais ver por achar a série extremamente violenta e ter todos os personagens fazendo muitas coisas ruins (e não sendo necessariamente crítico com isso). Ela se espantava com as minhas risadas a cada má ação dos personagens. Recomendo muitíssimo a série!
Seria muito bom se lançassem essa caixa com a primeira temporada em dvd por essas bandas.
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Do Armário
Estou nesse momento fuçando meu armário para organizar melhor o espaço, já que anda um pouco lotado. Acabei de achar algumas coisas curiosas:
- minha coleção de Fator X, na época da febre de Arquivo X saiu nas bancas uam série de revistas que mostrava casos paranormais, enigmas, ufos, etc. Não sei quantos números saíram, mas tenho do 1 até o 22 e também a edição 25. Histórias extremamente interessantes falando de vodu, ovnis, conspiração da nasa, Kennedy, nanotecnologia, MK Ultra, Unidade 731, etcs. Vale até reler.
- meu passado militarista hehehe quer dizer, minhas coleções de revistas sobre o assunto, pensando bem é incrível como nossas bancas eram lotadas de publicações deste tipo! Tinha várias coleções de armamento, tropas de elite, armas... Infelizmente algumas revistas que tinha eu recortava fotos que gostava, como algum avião, submarino, tanque ou metralhadora. Os poucos que ficaram intactos é os que estão guardados no armário (mas sei que no outro armário lá em cima devem estar os mutilados). Tem algumas edições de Corpos De Elite que dava uma geral em comandos e tropas de choque como os fuzileiros navais americanos, o SAS inglês e Legião Árabe; analisavam ações históricas (Golan, caça ao Bismarck, Malvinas, etc) e sempre tinha uma arma vista em raio x. Há outras revistas de alguma coleção que não sei qual é, pois tirei todas as capas. Parece ser de perfis de armamentos, pois cada edição pega um específico (canhões, submarinos nucleares, aviões de caça da primeira guerra) e dá mini fichas de vários modelos, com fotos, principais características e pequeno histórico. E por último uma coleção que só adquiri 1 exemplar, Aviões De Combate. Esse vinha com poster de um avião, uma fita de vídeo (tenho até hoje) e a revista em si que fala (pelo que vejo aqui nessa edição) a US Navy, dá o perfil do F/A 18 Hornet, bombas a laser, como é a catapultagem de porta aviões e planos de batalha do Alpha Strike (que é um ação coordenada). Poxa, eu devia ser nos dias de hoje um estrategista militar hehehehe
- minha coleção de especiais do Justiceiro que inclui Graphic Novels, a revista em tamanho grande que durou 8 edições, minisséries, especiais (Ano Um) e a adaptação do filme.
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quinta-feira, março 27, 2003
Preacher Especial - Os Bons Companheiros
Ótima história fechada escrita por Garth Ennis mostrando um dia na vida dos tios de Jesse Custer. Vale muito a pena ler e ser mais um fã do Ennis.
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quarta-feira, março 26, 2003
Gangues De Nova York (Gangs From New York)
Ótimo filme de Scorsese. Apesar de todos os pesares da produção que ficamos sabendo aqui e ali no final o que resulta é um bom filme, com falhas espalhadas mas que não prejudicam o todo. Não sei apontar, a não ser a direção, o elemento que se destaca pois todas as peças que fazem o filme são competentes mas não marcantes, isto é, a música, a montagem, o figurino, a direção de arte, o elenco, o roteiro, a fotografia, etc. E o filme se mantém mesmo com uma trama básica pra lá de batida. Vejamos: gangues rivais se enfrentam e o líder de uma mata o líder da outra na frente do filho deste. Ele cresce e se integra a gangue do inimigo, lá vai conquistar a confiança do líder e se envolver românticamente com uma mulher ligada ao líder, seja uma filha, uma esposa, uma irmã, etc. O primeiro confronto vai deixar o vingador humilhado perante todos e será poupado, mas marcado de alguma forma. Escondido de todos e ajudado por poucos vai se reerguer e rivalizar com o líder na área de dominação (política, esporte, artes, submundo). Um amigo que o tenha traído se arrependerá e mudará de lado, mas vai ser sacrificado para que o herói assuma uma posição definitiva (no filme há dois casos, o amigo e o político). Ocorre o confronto final. Vence o herói ou ambos morrem e o herói é alçado mártir de uma geração ou em poucos casos o vilão vence e o herói é esquecido (mas seu amor vai sobreviver num filho que a mulher espera). Enfim, já vimos muitos filmes assim, não? E isso pode acontecer em muitas épocas ou situações diferentes.
O que passa no filme de Scorsese é que isso não atrapalha, só não pode vir a ser mais do que poderia ser. Gostaria que o filme fosse mais um painel histórico que uma narrativa de vingança, seus melhores momentos ficam nessa visão geral de NY no fim do século 19, os mais fracos no desenvolvimento dos personagens até num interesse romântico. Aliás, o personagem de Cameron Diaz desperta simpatia e boas cenas, mas num todo é totalmente dispensável, todas as suas cenas poderiam ser cortadas sem perda (os roubos, a cena da dança, a cena de sexo). O meio do filme demora um pouco mais do que o necessário, já que não aprofunda os personagens, só tenta montar uma história. Não vi a falta de cenas já que o filme teve vários cortes, talvez sejam as cenas que mais gostaria que teriam essa condição de painel histórico, coisa que a Miramax pode ter achado inútil para a história contada... Só uma vez senti que houve um corte, na parte do teatro chinês quando DiCaprio está preparado para matar Day Lewis, a personagem de Diaz parece saber algo que não foi contado a ela (ou não contado ao público) que ele queria matar o Butcher, mas para isso ela deveria saber quem é realmente DiCaprio, acho que há cenas que antecedem essa seqüência.
O filme procura também ser bastante explicado, usando pequenos flashbacks para reforçar quem é o personagem, quando em alguns casos é totalmente desnecessário. Essa necessidade de explicar se vê no início principalmente, numa decupagem básica ao extremo (a preparação para a luta inicial não poderia ser mostrada de forma mais didática possível).
Não sei o problema com DiCaprio que não consegue criar simpatia com o público neste filme, talvez pelo roteiro ou direção (já que em Prenda-Me Se For Capaz consegue ter carisma). Day Lewis está muito bem, mas não foge muito do registro de atuação que já se mostrou capaz antes. Cameron está bem. Todos os outros estão ok.
Os pequenos detalhes que são ótimos, como o travelling dos irlandeses chegando, se alistando, indo para a guerra e voltando em caixões; a frase do político que "em política não importam os votos, mas os apuradores"; os 3 améns intercalados em 3 distintos lugares e falados por 3 diferentes pessoas, o Deus de cada um parece ser totalmente diferente um do outro; o final caótico que é engolido pelo poder do estado se fazendo presente no exército e nas bombas lançadas na cidade e mostrando o ridículo do confronto das gangues diante de um quadro maior.
Apesar de querer falar de algo grande o filme poderia muito bem ser um filme sobre gangues de LA como Colors ou diversas outras gangues (até aqui no Brasil). Toda a ética e o organismo do submundo mostrado no filme pode ser transportado para qualquer era.
E o final é uma grande demonstração de amor pela cidade de NY, coisa que se fosse novaiorquino o filme me daria orgulho, pois sua base é feita de muito sangue e luta, não vejo exatamente como critica, ainda mais vindo de Scorsese que tem fascínio pela criminalidade. E a canção do U2 tocado ao final adquire mais força que antes e uma escolha acertada (quase única, não saberia ver qual outra banda poderia se encaixar tão bem para o espírito do filme).
Agora fiquei com muita vontade é de ler o livro que é menos uma estória contada e mais um painel da época.
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Não É Mais Um Besteirol Americano (Not Another Teen Movie)
Ou "é mais um besteirol americano" hehehe Estranho que o diretor deste seja o cara que faz os ótimos sketches para o MTV Movie Awards; é, aquelas paródias bem engraçadas de todos os anos, e aqui não consegue ser bem sucedido. Não deixa de ter graça em algumas partes e abarrotar o filme de referências das comédias teen dos anos 90 e 80, mas fica faltando algo. Há uma opção interessante no dvd que é a de ver o filme com anotações em quadros aparecendo de vez em quando, como no Data Clipe da MTV. Ou ouvir os comentários da equipe técnica ou do elenco (que é bem, mais divertido). Aliás vi metade do filme assim, ouvindo o elenco comentando e acompanhando o filme pelas legendas, ficou mais interessante. A cena destaque do filme é o beijo entre Mia Kirshner & Beverly Polcyn (o primeiro french kiss da vida dessa senhora!) referência àquela cena de Segundas Intenções. Quem conhecer os filmes citados vai curtir mais as piadas. Participações especiais direto dos anos 80, como o mesmo diretor / professor de Clube Dos Cinco, Mr. T e ??????? vejam o filme, aparece no finalzinho de surpresa. Compensando há a presenças das gostosas Jaime Pressly, Mia Kirshner (já citada) e Cerina Vincent que passa o filme inteiro nua (maravilhosa) interpretando uma aluna estrangeira louca para iniciar nerds virgens.
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Uma Bala Para O General (Quien Sabe?)
Ótimo western de conotações políticas dirigido por Damiano Damiani. A edição em dvd está boa, em widescreen e com 2 trailers do filme. Se passa no México durante a revolução e envolve um bandido mexicano, outro gringo (americano) e o líder revolucionário. Boa parte do filme rola como um western tradicional, a parte política se vê aqui e ali, mas principalmente no final fica evidente com um fecho maravilhoso. Participação pequena mas muito boa de Klaus Kinski. Supervisão musical de Ennio Morricone.
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segunda-feira, março 24, 2003
Oscar 2003
É sempre bom quando há surpresas no Oscar (e sempre há). Desta vez foram boas e más. Os bons momentos foram a vitória de Michael Moore e seu discurso, a apresentação de Caetano Veloso e U2, a premiação de Adrien Brody (que substituiu os choques de atrizes de anos passados, sendo ele o chocado e abrindo espaço para lágrimas), roteiro original para Pedro Almodóvar, adaptado para O Pianista e direção para Roman Polanski (merecidíssimo). A má foi a surpresa (mesmo) de Eminem ganhar melhor canção. Não que tenha algo contra, eu gosto da canção e aguardo o filme, mas U2 pra mim era quase certeza (por isso que não gosto de certezas...), eu até fiquei com medo após ver Caetano interpretando belamente a canção (mas sabia que a votação foi para música e letra e não performance) e acabou que Eminem veio e tomou a dianteira. Como é raro banda de rock ganhar Oscar... Até Barbra Streisand assustou ao anunciar.
Tudo ocorreu normalmente, não teve grandes manifestações e nem tumultos (fora as vaias para Michael Moore).
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sábado, março 22, 2003
Samurai Jack (Idem)
Vi o piloto e mais um episódio. Ótimo desenho ressaltando as imagens, sons e música em detrimento de diálogos. Do criador de Meninas Superpoderosas e Laboratório De Dexter. Mistura ação (muita ação) com humor na história de um samurai que é jogado no futuro por um demônio (Aku) e tem que achar um jeito de voltar ao seu tempo real e acabar com Aku, pois ele domina todo o futuro da Terra. Vale assistir e acompanhar (passa todo dia no Cartoon Network), o piloto e um episódio se encontram em dvd.
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Canção
Se chama Papa T'es Plus Dans L'coup cantado pela Ludivine Sagnier em 8 Mulheres. Peguem e ouçam, muito divertida. E claro, se der vejam o filme para ver essa cena, Catherine Deneuve fazendo coreografias em dupla com Virginie Ledoyen é um sarro só.
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Outros
* As Noivas Do Vampiro (The Brides Of Dracula) - bom filme da Hammer com destaque para Peter Cushing.
* Divinos Segredos (Divine Secrets Of The Ya Ya Sisterhood) - típico filme para mulherzinhas.
* Conspiração Do Silêncio (Bad Day At Black Rock) - ótimo filme de John Sturges com um ótimo Spencer Tracy no papel principal.
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Fora De Controle (Changing Lanes)
A trama vista pelo trailer e em resumos gerais não oferece nenhuma novidade, mas se deixarmos isso de lado e vermos o filme vamos encontrar um bom suspense dramático onde não há vilões ou mocinhos. Tanto Ben Affleck quanto Samuel L. Jackson tem seus defeitos e suas virtudes, o que é uma qualidade do filme e ao mesmo tempo sua falha, nunca chegamos a nos identificar com um ou outro e por isso torcermos ou sentirmos raiva do que um faz com o outro. Para não estragar muito a trama pode-se dizer que o filme trata da forma com que duas pessoas amadurecem ou tem um aprendizado de um dia que repercutirá em suas vidas para sempre, um acidente que era necessário acontecer na vida dos dois. O final pode parecer ser uma consessão, mas talvez seja apenas uma opção de não querer ser cínico ou pessimista, não querendo ser o filme que só sirva para mostrar como o mundo é cruel. Ao mesmo tempo pode-se acusar o filme de ser um conto de moral. Sidney Pollack, Toni Collette e Amanda Peet também participam do filme.
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Sublime Devoção (Call Northside 777)
Ótimo filme de Henry Hathaway num estilo semi-documental, como uma reportagem acompanhando a investigação de um jornalista (James Stewart) sobre um matador de policiais condenado, procurando revelar sua inocência. Acompanhamos passo a passo cada procedimento seu. A trama lembra o filme de Clint Eastwood, Crime Verdadeiro, a ponto de não pensarmos o filme de Clint ser quase uma refilmagem. O título nacional tenta ressaltar a mãe do condenado que trabalha como faxineira e oferece recompensa para pistas que inocentem o filho.
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A Isca Perfeita (Birthday Girl)
Um filme que você fica imaginando porque a Nicole Kidman foi fazer. Ela tinha acabado de sair de Moulin Rouge e Os Outros e entra num set de filmagem com um diretor iniciante, uma trama bem batida e sem grandes atrativos. O mais estranho é que consegue reunir Ben Chaplin, Vincent Cassel e Mathieu Kassovitz no elenco. Aliás os dois franceses são o destaque do filme, falando em russo. Kidman está linda, quase não falando no início do filme e com nudez em certas cenas. Desde o começo sabemos como tudo vai dar, então o filme só serve para fãs de Nicole mesmo. No dvd um extra interessante, o clipe de Something Stupid, um dueto de Robbie Williams e Nicole Kidman. É hilário ver a canastrice de Robbie e suas tentativas durante o clipe inteiro de seduzir Nicole, não como personagem, mas tentando tirar proveito da situação na real hehehe
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8 Mulheres (8 Femmes)
Filme de François Ozon que mistura uma trama detetivesca semelhante aos livros de Agatha Christie com musicais, dando num resultado irregular compensado pelo elenco só de mulheres. As mais famosas são Catherine Deneuve, Isabelle Huppert, Emmanuelle Béart, Fanny Ardant e Virginie Ledoyen. É especialmente curioso vê-las ou cantando ou fazendo coreografias musicais. As canções param a narrativa e se no começo são legais começam a enjoar no decorrer do filme, pois sabemos que cada uma vai ter seu momento. Destaque para a novata Ludivine Sagnier, um achado! Nas entrevistas do dvd se mostra ainda mais bela e articulada. Parece que vai fazer a fada Sininho na nova versão de Peter Pan. É dela o primeiro número musical (e melhor, cheguei até a gravar) que quero procurar pra ver se acho em mp3. A trama lembra muito uma peça de Agatha Christie (aliás o filme é baseado numa peça e não esconde suas origens, parece teatro filmado) chamada A Ratoeira (que por sinal é ótima) sobre um grupo isolado numa casa por causa da neve justamente quando ocorre um crime. Huppert atua num registro diferente, o que é legal de se ver.
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quarta-feira, março 19, 2003
Oscar
Não sei se todo ano eu vejo os 5 indicados antes da cerimônia, mas acho que sim. Desta vez achei que não ia, mas acho que vou (quase). Gangues De NY chega aqui na sexta. Só fica faltando SdA 2, mas esse eu não vou ver mesmo (só em dvd e olhe lá). Depois de Gangues eu digo a posição no meu gosto. Esse ano tirando SdA (podia ser o do Almodovar no lugar ou Longe Do Paraíso) deu pra ver uma melhora, não são os melhores filmes do ano, mas na seleção faz tempo que não via um bom equilibrio dos concorrentes. O Pianista leva uma vantagem acima dos outros até agora (Chicago e As Horas estão empatados).
Por enquanto o melhor que vi esse ano foi Femme Fatale. Bem atrás ficam Prenda-Me Se For Capaz, As Horas e Chicago (que tirando do Spielberg não sei se ficarão num top 10 de final de ano).
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A Herança De Mr. Deeds (Mr. Deeds)
Comédia engraçada mesmo para quem não gosta de Adam Sandler. Ele não está exagerado aqui. John Turturro rouba todas as cenas, é o personagem mais engraçado do filme. E tem Winona Ryder! Winona é caso de paixão antiga, daquelas atrizes que você vai crescendo junto. Sua voz acho ser uma das mais belas que já ouvi, não sei se o sotaque ou sua língua que a deixam com uma pronúncia única, eu ADORARIA vê-la fazendo um cd de poesias ou narrando um livro, eu acho sexy só ouví-la, pra ver o quanto sua voz me fascina! Imagine um filme que reuna Winona Ryder e Jena Malone!
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Jena Malone
Essa atriz é maravilhosa! 18 anos, mas já fez tanta coisa boa desde os 12 anos (no ótimo Marcas Do Silêncio). Adoro vê-la a cada filme. Ela é até independente financeiramente, em 1999 (15 anos) entrou com processo para obter essa independência da mãe.
A foto abaixo parece até um espelho, pois acho Jena a próxima Jodie Foster. Aliás ela já foi, em Contato a Jena faz a pequena Jodie!
Fora o talento e tudo o mais tem o fato que a acho lindíssima, é algo nos olhos talvez (an old soul?).
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Tempo De Recomeçar (Life As A House)
Filme de emoção e humor. A história e momentos do filme são clichês mas o conjunto de equipe e elenco impede que isso prejudique o filme. Kevin Kline descobre que tem dias contados de vida e vai desmanchar e construir sua casa que sempre falava que ia fazer, mas nunca fazia. E com isso vai tentar se reaproximar do filho adolescente rebelde. Não falei que erar clichê? Vamos ao que diferencia: a atuação de todos está muito boa, como um grupo dedicado a fazer um bom filme (e que passa para o filme já que uma comunidade se forma para a construção da casa e isso não soa falso). Hayden Christensen é uma surpresa, não achei nada de sua performance em Star Wars, mas aqui está diferente e interpretando bem. Kline e Kristin Scott Thomas tornam verossímeis seus pesonagens. Jena Malone é uma jóia, essa garota é minha favorita e uma promessa, o filme valia só de ter ela nele. Mary Steenburgen faz um papel engraçado (e um amigo e eu achamos que é o papel símbolo dela hehe só vendo, essa mulher nos atraia de uma forma inimaginável). A direção de Irwin Winkler é competente, mesmo não tendo uma carreira de destaques pode-se dizer que esse é seu melhor filme. Seu método de direção aqui (visto no making of) é bem interessante e de grande respeito para com os atores.
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Chicago (Idem)
Impressionante musical! Quando termina tem aquele sentimento de clássico no ar. Eu que não sou fã do gênero me deixei levar pela ótima forma que os números são apresentados, evitando que o filme ficasse narração-musical-narração-musical, mas misturando os dois em seqüências de grande criatividade como a das marionetes, a das prisioneiras, o sapateado de Gere enquanto interroga, o número de John C. Reilly e o final. Fora isso as apresentações dos personagens são bem colocadas. O filme consegue unir muitos talentos, a direção de Rob Marshall (que estréia!), o roteiro de Bill Condon, a montagem, a fotografia, a música, o elenco e as coreografias. E tudo numa história satírica muito divertida criticando os mundos do show business (aquela parte de Renée e Catherine onde uma diz "porque eu te odeio" e a outra "mas nesse ramo é onde isso não tem importância" é ótima), da imprensa, da justiça e até um pouquinho do sistema carcerário, mas tudo sem panfletagem. As duas protagonistas surpreendem, com Catherine mostrando seu talento corporal e vocal e Renée se não está à altura da companheira compensa com interpretação.
Só acho que quem não gosta de musical vai achar tudo bem chato, durante o filme imaginava se meus pais estivessem vendo (eles odeiam musicais) eles teriam saído no meio ou dormido hehehe
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Demolidor - O Homem Sem Medo (Daredevil)
Bem melhor do que esperava! Essa adaptação foi bem legal e na minha opinião bate outras recentes como o do Homem Aranha. Aqui o filme é mais escuro, violento, não se sustenta em efeitos especiais e tem uma aura heróica de super herói mesmo, que sofre, se sacrifica e está pronto para defender os fracos e oprimidos, como um espírito da cidade à noite. O personagem é um pouco diferente dos quadrinhos, é mais vingativo (mas repensa esse lado no final) e poderoso, o que nunca vi nas hqs que sempre pareceu mais um herói que pensa toda hora na lei e ordem, na justiça (por isso era um inimigo recorrente do Justiceiro que era a outra face da mesma moeda). Destaque para Jennifer Garner, ela arrasa, maravilhosa tanto lutando quanto sorrindo (um sorriso que cego algum merecia perder), se o projeto dela ter um filme próprio como Elektra continuar vou adorar. Outro destaque é para a ótima solução do uso dos sentidos do Demolidor (com bom uso de sons também, até com o personagem usando do som de objetos para dar uma idéia do espaço ou o uso da chuva para rostos). Há muitas referências para os fãs em nomes (Romita, Quesada) e pessoas que aparecem (Stan Lee, Kevin Smith) e um momento em especial envolvendo Mercenário e Elektra que vai deixar os fãs arrepiados (reprodução idêntica de uma clássica história do Demolidor). O Rei Do Crime negro não afetou e nem o Mercenário bem diferente. Uma grande diversão (com emoção) que não decepcionará os fãs e nem os espectadores comuns. Aqui e ali poderia ter algo melhor, mas no todo é um bom trabalho. Fiquei com vontade de ver a parte 2.
Uma dúvida: pra quem ficou até o final dos créditos é verdade que há uma cena final com o Mercenário no hospital e ele mata uma mosca e diz "Bullseye"? Aqui desligaram o projetor antes disso...
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sábado, março 15, 2003
Recém...
Adquiridos:
* Mangá – O Poder Dos Quadrinhos Japoneses: Sonia Bibe Luyten.
* Carpinteiros, Levantem Bem Alto A Cumeeira / Seymour – Uma Apresentação: J. D. Salinger.
Lido:
* Japanese Cinema – An Introduction: Donald Richie.
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Resenhas
Estava vendo uma resenha antiga que fiz para o site da Livraria Cultura sobre um livro, A Cura Do Dr. Neruda Para O Mal de Rafael Yglesias. Devo ter outras resenhas no site (Alta Fidelidade por exemplo), mas não lembro de todas. Esse livro tenho uma cópia que comprei para presentear alguém, já que achei por uns 4 reais o livro que para venda está 61. O duro que o livro é pesado, então ficaria muito caro enviar para alguém por correio, vai ter que ser pessoalmente mesmo. Só não sei quem possa se interessar no tema do livro hehehe além de mim, claro!
Mas, quem se interessar recomendo a leitura!
No link dá pra acessar a página com a resenha, que é essa:
Renato Doho / Data: 3/7/1999
Conceito do leitor:
Saga contra o mal.
O mais recente livro do escritor e roteirista Rafael Yglesias (seu livro anterior Fearless se transformou no belíssimo filme, Sem Medo De Viver, de Peter Weir) é uma saga em forma de relato médico da vida do doutor Rafael Neruda desde de sua infância até a idade adulta quando se defronta com a possibilidade de diagnosticar e erradicar o mal. Da exótica combinação do pai de sangue latino, comunista e castrista com a mãe judia surge Rafael Neruda, ou Rafe, que passará por todo tipo de experiência , desde o incesto com a mãe até a tentativa de suicídio na adolescência que formará a sua psiquê, o seu id pessoal que o transformará num renomado psiquiatra especializado em maus tratos infantis. O livro se divide em 3 partes, sendo a primeira sobre a infãncia do pequeno Rafe, a segunda com a apresentação do caso de Gene, seu cliente mais significativo e fator decisivo na virada fundalmental de sua vida e a terceira com uma tentativa de re-estudar o caso na procura de falhas e tirar as conclusões finais onde se deparará com um problema muito maior, jamais imaginado. Saindo um pouco da trama do livro Yglesias proporciona ao leitor um livro fascinante que desnuda toda a psicologia existente por trás de cada ato e relacionamento de cada um de seus protagonistas, passando por vários temas - alguns polêmicos - de forma envolvente e clara. O personagem principal passa por todo o livro se transformando, se questionando e nunca tendo verdades absolutas em sua mente tornando-nos (os leitores) cúmplices e solidários em sua busca existencial por sentido e significado no mundo e na sociedade do final do séc. XX. Vindo de uma família inteira de escritores, Yglesias demonstra habilidade narrativa, conseguindo a atenção constante de quem lê e nunca deixando o ritmo cair em suas 780 páginas. Embasado em vários estudos de psicologia, psiquiatria e relatórios de casos Yglesias transforma o que seria um relato frio de um caso psiquiátrico numa epopéia de um homem procurando a cura para o mal.
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quinta-feira, março 13, 2003
Coincidências
Ou não o fato é que li dias atrás o review de The Pentagon Papers, filme para tv a cabo que me pareceu interessante com James Spader. Não é que há um banner sobre o filme no site de Daniel Ellsberg que indiquei abaixo? E não é que o próprio participou de um episódio de Max Bickford que só fui ver ontem? Pode-se acreditar em sinais para que eu veja o tal filme hehehe Ou que devo ler de uma vez Os Degraus Do Pentágono do Norman Mailer que está fazendo aniversário aqui esperando a leitura. Ou não é nada disso e são só coincidências. Mas se eu ouvir falar sobre o assunto ou Ellsberg mais vezes durante os próximos dias vou ficar desconfiado hehehe
Ah vejam o trailer que tem no site do filme, dá vontade de assistir.
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Atrasados
Tirando o atraso vi ontem os 2 episódios de 24 Horas que tinha perdido. A trama continua a mil com várias mortes, um Jack Bauer cada vez mais sanguinário (na primeira temporada somos constantemente lembrados que o passado dele é pesado nas missões no estrangeiro), um presidente cada vez mais ditador e uma Kim Bauer cada vez mais gostosa e burra (ela só faz cagada, convenhamos). Triste a história do chefe de Jack com os dias contados (será que ele chega ao fim da temporada vivo?) e a morte da operadora (Paula?). Nina Meyers aparecendo foi ótimo, ela é boa atriz, pois de companheira boa e preocupada da primeira temporada agora só no olhar nos
dá um medo danado, de traíra sem coração! O que nos aguarda? Só vendo.
Também vi 2 episódios gravados de Max Bickford que não tinha visto da primeira vez. Ótimos, puta sacanagem a série ter sido cancelada. Além de reforçar minha simpatia com Dreyfuss passei a gostar da Marcia Gay Harden, ela é até bonita e sensual (e nunca tinha percebido isso nela em filmes). Num deles Daniel Ellsberg (conferi na internet pra ver se era ele mesmo, é) vai para a faculdade dar uma palestra, falar da época dos documentos do Pentágono (que revelou) e a guerra do Vietnã; uma das alunas bem extremista de direita discute com o palestrante e a professora (Marcia Gay Harden) e acusa o corpo docente de a discriminar por todos lá serem liberais. Ótimo tema sobre pontos de vista e discriminação. Enquanto isso o filho de Max fazendo um trabalho sobre Abraham Lincoln vê com o pai a verdadeira faceta do presidente (visto nos livros escolares dele como um salvador) e causa rebuliço na classe ao apresentar o trabalho e mostrá-lo como racista e hipócrita. Outro tema bom que discute história e o que representa o título do episódio (Um Verdadeiro Grande Homem).
No outro episódio tem a volta da ex-esposa do amigo de Max que agora virou mulher (confuso? hehe) e a reação dela ao saber disso. Enquanto isso em outras tramas a professora Andrea vai se questionar sobre relacionamentos entre professores e alunos, ela é muito amiga de suas alunas mas não percebe a obsessão de uma e seus problemas afetivos; e a filha de Max fica em dúvida se sai da cidade para ir estudar na Columbia.
Ambos os episódios terminam de forma tocante, pra chorar. Um com Max e a filha lembrando da falecida mãe (esposa) e outro com a filha cantando uma das propostas para mudança do hino da faculdade (e Max indo as lágrimas pq é uma forma dela mostrar que quer continuar estudando lá).
Lembrando que a série está sendo reprisada pela Fox de segunda à sexta em 2 horários, 07:00 e 14:00.
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segunda-feira, março 10, 2003
Público
Esqueci de comentar sobre o público que viu Edifício Master. Acho que muita gente que vê o filme tem as mesmas reações: dão risadas claramente discriminatórias dos entrevistados, como se pensasse "que pessoa ridícula", "que besteirada", etcs. E se sentem bem assim, vendo por cima, aquele "povo estranho" do prédio, "pobres coitados", "que vida de merda" e por aí vai. Poxa, não sei o que um documentário assim vai ajudar esse tipo de público, não os sensibilizam, não se vêem na tela, aqueles são os outros, os esquisitos... E olha que Coutinho trata todos com carinho, não é tendencioso e não os mostra como pobres coitados, mas mesmo assim pode-se ver o filme por esse olhar, o que é triste. E mesmo quando há sensibilização parece ser um tipo de compaixão pelo que se considera inferior, um "ah tadinho", um afago na cabeça de forma superior (o que é até pior). Por isso que certos filmes desse tipo que geralmente passam nos Espaços Unibancos da vida causam um efeito até contrário ao proposto. Não quero dizer que não há momentos engraçados, mas estes momentos são compartilhados também pelo espectador e entrevistados e entrevistador.
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A Duas Caras Do Amor (The Learning Curve)
No filme de estréia de Eric Schwab pode-se notar a influência que Brian De Palma teve nesse trabalho. Schwab é diretor de segunda unidade de muitos filmes de De Palma e um protegido dele. Travellings, personagens, situações, cenários, tudo lembra De Palma, mas não é uma cópia, mas uma homenagem e uma grande influência. A mais explícita é a presença de Steven Bauer, bem como o cenário no final muito parecido com O Pagamento Final. A história é fílmica ao extremo, situações irreais que só aconteceriam num filme, com pulos de narrativa vistos de forma normal, como se um "e de repente" fosse colocado a toda hora para a narrativa ser mais rápida para não perder tempo e com isso criar um sentido de irrealidade com a situação e os personagens. Há vários clichês, alguns que o filme contorna e outros que não. É um bom filme com falhas que não chega a ser ótimo e concretizar tudo o que poderia ter sido, ainda mais na psicologia do casal protagonista, um tanto vaga e contraditória, mal construída. Mas vale conhecer e ver o que Schwab nos oferecerá no próximo filme.
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Edifício Master
Mais outro bom documentário do Coutinho. Segue muito o que disse de Babilônia 2000 logo abaixo, com adendo que já morei em lugares parecidos, já conheci e conheço pessoas com histórias tão ou mais interessantes e também meus pais devem ter morado num local muito próximo do que é o edifício Master em São Paulo, logo após meu nascimento e já sabendo andar corria para o apartamento vizinho que era de uma simpática moça que fazia programas à noite (que taradinho eu hein hehe). Queria até um dia conhecer o local onde meus pais moraram, um treme-treme típico, super apertado (visitas sentavam no gás da cozinha, único local vago para isso hehe). Coutinho segue o padrão das entrevistas e acho que mais para frente vai ser muito mais interessante é colocá-lo num documentário, saber o que ele pensa de seus filmes, das pessoas que conheceu, do que o leva a fazer os documentários, pois seu jeito imparcial não deixa de ser curioso e também uma camuflagem, um escudo. Não menosprezando as pessoas que são entrevistadas, mas ao mesmo tempo que temos a chance de sabermos mais coisas que não saberíamos se não fossem as entrevistas podemos muito saber disso e mais coisas em nosso dia-a-dia com as pessoas ao nosso redor, por isso fica mais intrigante saber o que pensa e por que age de tal forma quem faz tais documentários, como é o processo de feitura, de seleção, de pré-entrevistas, etcs.
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Manhattan Connection
Ah como é bom voltar a ter esse programa todas as semanas! No meio do nada da programação televisiva ao menos o programa vai sobrevivendo bem. Hoje a viúva do Paulo Francis esteve na mesa. Cada vez mais Caio Blinder e Arnaldo Jabor se irritam mutuamente e até Lucas Mendes perdeu a classe uma hora. Algumas imagens inéditas de Francis apareceram, engraçadíssimas.
E sempre há algo no programa que serve de dica cultural relevante (para mim) tanto para ficar por dentro do que rola no circuito artístico de NY como para querer saber mais ou servir como sugestões. Vou tentar lembrar aqui algumas coisas que só fui saber, tomar conhecimento ou que me chamou atenção (porque às vezes você até pode saber sobre algo, mas no meio do turbilhão de informações do mundo atual você esquece ou não recebe a devida atenção, como falar de Picasso e Matisse e sua relação de competitividade, conflituosa e produtiva para ambos) por causa do programa:
- Curb Your Enthusiasm, do Larry David;
- A Cavalaria Vermelha, de Isaac Babel;
- Monk;
- Diana Krall;
- Norah Jones;
- Luciana Souza, que na verdade ainda não conheço bem, mas é uma cantora brasileira que vale ser mais conhecida;
- pintores, arquitetos, músicos e escritores variados.
Além de tudo fui gostando mais e mais da Lúcia Guimarães, pois só a conhecia das reportagens para a Cultura (Metrópolis principalmente) e a achava fria e que sempre falava mal das coisas. Ela continua falando mal de várias coisas, mas também revela suas paixões e é uma daquelas mulheres fascinantes que dá vontade conhecer pessoalmente.
Dica do programa de hoje que ainda não tinha visitado, o site oficial do Paulo Francis.
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Esperando...
... chegar algumas encomendas como Ten e Vitalogy do Pearl Jam, A Lua Do Falcão do Sam Shepard e o livro do A.C. Gomes De Mattos sobre filme B.
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Beckett
Já chegou o livro de Ludovic Janvier sobre Beckett que achei por um preço bom. Queria ler um livro sobre sua obra para talvez lê-lo em paralelo com as próprias obras de Beckett que tenho aqui: Molloy, Malone Morre e O Inominável. Tirando um livro de Beckett analisando Proust. A primeira impressão folheando o livro de Janvier foi de surpresa, não é uma obra convencional de estudo de obra, mas complexa, que parece ser mais propícia a ser lida após a leitura dos outros livros. Destrinchando significados e personagens não de forma acadêmica, como numa aula, mas como uma obra em si sobre a obra de outro. Claro aqui e ali deu pra notar que se tenta ser minimamente didático, mas não o todo da maneira tradicional que vemos nesses livros com relação a um autor e isso me surpreendeu positivamente.
Por enquanto de Beckett só li Esperando Godot que acho uma das melhores coisas escritas para teatro e fora dele com um final até hoje arrebatador, e também Companhia já num texto em prosa que todos devem saber sua história, um homem que não sabemos quem é num local não identificado e totalmente escuro e por sua condição física e mental vai passar seus últimos momentos naquele lugar na "companhia" de memórias e outras pessoas (quer coisa mais beckettiniana que isso?).
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sábado, março 08, 2003
"Everyone has memories -- when you were 11 years old, and you were walking
down a particular street on a certain day, the sound of a certain wind
blowing through the trees, the sound your feet made on the stones as you
came up the drive and the way the light hit the side of the house in a
particular way. Everyone has memories like that, that they carry with them
for no explicable reason. And whether you call them sense memories or
whatever, they live within you. They are an essential part of who you are.
They may not be connected; but you had some moment of experience that stayed
with you on that particular day [and] revealed to you what it meant to be
alive -- what it means to be alive! -- what the stakes are. "That can be
brought back. Your life can be brought back to you by the sound of your feet
on the gravel at a certain moment. That's the writer's job. [As a writer]
you collect and create those moments out of your own experience, and the
world around you. Then you use your imagination and put all those things
together. And that experience you present to your audience, who then
experience their own inner vitality, their own center, their own questions
about their own life, their moral life, whatever you're writing about. "And
there's a connection made. That's your job. That's what you're paid for --
somebody says, 'Hey, I'm not alone!' That alchemy or whatever you want to
call it is what you're paid for. It can be onstage at night. It doesn't
necessarily have to be done literally; it can be done just through an
explosion of energy at a particular moment in a particular way that makes
somebody want to stand up, move themselves, go home and do whatever they
feel they need to do. You just try to bring forth experience and get people
in touch with all of those things in their world. That's the real job.
That's the job that keeps you writing. That's what keeps you wanting to
write the next song. Because you can do that to people. "And because -- if I
do it for you, then I'm doing it for me."
Bruce Springsteen, 1998
(BBC, Secret History)
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Ainda continua a promo por 5,90 da trilha de Jesus' Son na Siciliano, poxa pessoal vale ter o cd, é boa e tá barata. Clica aqui e leve, logo.
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Esquecidos
Acho que esqueci de falar de alguns filmes vistos, mas não é porque lembrei agora que os comentarei, só fica a listagem (com cotação):
- Rollerball (Idem) refilmagem ***
- O Articulador (People I Know) ***
- Fúria Urbana (It's A Rage) **1/2
- Dog Soldiers (Idem) ***
- Quebrando Todas As Regras (Global Heresy) **
- Heroine Of Hell (Idem) **1/2
Bom, como daqui por diante de vez em quando farei isso (comentar filmes às vezes é um saco, ainda bem que não sou crítico) melhor estabelecer o padrão das minhas cotações:
* - ruim
** - regular
*** - bom
**** - ótimo
***** - excelente
os 1/2 servirão para a cotação seguinte, isto é, um **1/2 quer dizer que o filme é quase bom ou um ***1/2 seria quase ótimo e assim vai.
mas claro que essas cotações nem sempre dizem muito, um filme regular pode ter várias coisas interessantes, às vezes mais do que o filme bom, só não conseguiu dar uma forma apreciável o suficiente.
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quarta-feira, março 05, 2003
Keitaro & cia
Algumas imagens de Love Hina para vocês verem como são os personagens:
E também conferir como a personagem de Naru deve ser (compreensivelmente) objeto de adoração de milhares de jovens (japoneses ou não) tanto para homens (pela sensualidade e inocência) quanto para mulheres (pela forma decidida e agressiva como trata Keitaro em porradas extraordinárias). Seria ela uma Joey Potter em forma de desenho? hehehe Aliás, o que seria dessa série em um filme? Difícil adaptar as loucuras apresentadas de forma convincente.
A trilha é outro ponto de forte admiração, seja na canção tema ou nos temas incidentais (às vezes eletrônico, às vezes como um jogo, às vezes bem suingado) ou nos momentos de cantoria dos personagens.
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Animes
Vi durante este feriado:
Love Hina
Ouvi falar muito desse mangá e anime; como encontrei a série animada toda (25 episódios) em fitas conseguidas por um primo resolvi assistir para ver como era e acabei vendo toda. A primeira impressão que poderia me afastar por ter elementos exagerados para os mais jovens não conseguiu me afastar dos personagens carismáticos e da forma criativa que tudo é contado. Como definir? Parece uma mistura de Anos Incríveis, Dawson's Creek e Barrados No Baile no que se refere a trama básica de jovens vestibulandos e seus relacionamentos. Tem algo de Ally McBeal também na forma como as coisas são mostradas, surreais, com uma lógica de quadrinhos e desenhos animados onde tudo pode acontecer. E tudo isso tocando em assuntos bem próximos da realidade nipônica e também juvenil. Os relacionamentos e comportamentos são bem japoneses (que podem ser considerados ridículos ou ingênuos demais para outros públicos), há uma leve safadeza também bem ao gosto japonês onde insinuações de lesbianismo, pedofilia e homossexualismo são vistas de forma leve e engraçada até (mostrando que o público alvo é um pouco mais adulto do que se esperava). Mas cada um dos 25 episódios tem sua característica única, por isso a dificuldade de explicar o que é a série como um todo. Em um podemos começar como um filme mudo, em outro tudo vira um jogo de videogame, outro vira um questionamento de uma jovem samurai, outro uma história de detetive, e também um dramalhão, e um teatro, e muitas outras variações, sem perder a trama básica que trata de um jovem repetente (Keitaro) do vestibular para a universidade de Tóquio que vai para um pensionato só de mulheres de sua avó e se torna o gerente do local. Se apaixona por uma garota que vai tentar também entrar na mesma universidade, mas sempre vai ter em sua sombra a promessa feita quando criança para uma menina que não lembra o nome ou como era que os dois iriam se reencontrar na universidade para ficarem juntos de vez. Entre as outras moradoras do local há uma menina sapeca (estrangeira) que inventa os mais extraordinários aparelhos, uma aprendiz de samurai que evita homens, uma menina excelente cozinheira e uma jovem que adora pregar peças nos outros. O melhor é ver o seriado mesmo, quem vê o primeiro vai querer ver todos para saber como vai acabar a história de Keitaro e Naru, cheia de momentos engraçados, tocantes e absurdos. Pra mim foi mais interessante ainda, pois ouvir os personagens na língua original tem um sabor familiar muito legal, além de todas as referências culturais e comportamentais.
Sakura Card Captors - A Carta Selada
Como é um filme de um seriado (e mangá) eu que nunca tinha lido e visto nada do material tive que deduzir várias coisas para entender a história, mas o principal é bem simples, fala de uma defensora de certas cartas mágicas ainda na escola que vai ter que desempenhar um papel numa peça escolar ao mesmo tempo que uma paixão platônica volta para a cidade e uma entidade de uma das cartas quer se apoderar de todas as já recuperadas e sumir com toda cidade. Mistura os dramas de adolescentes com o primeiro amor com a história de fantasia (e uma batalha final). Prende atenção e tem bosn momentos, só fica faltando o background para apreciar melhor.
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Promos
Achei numa promoção o livro (ilustrado) Os Caçadores De Sonhos de Neil Gaiman e Yoshitaka Amano por 9,90. Custando geralmente quase 50 reais por aí foi uma boa promo.
Também achei o cd Looking Forward do Crosby, Stills, Nash & Young por 5 reais.
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O Terno De 2 Bilhões De Dólares (The Tuxedo)
Foi melhor do que esperava. A dupla Jackie Chan e Jennifer Love Hewitt se não teve uma química perfeita não ficou capenga, os dois têm bons momentos juntos e separados. Há momentos engraçados. Há ação (o filme poderia ter mais), até com a Jennifer! A história é básica e não enrola (claro que absurda, mas não atrapalha). Enfim, é uma boa diversão. Jackie substituindo James Brown é hilário.
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