segunda-feira, setembro 29, 2003
R.I.P. Elia Kazan
Aqui dirigindo Warren Beatty e Natalie Wood em Clamor Do Sexo.
1945: Laços Humanos (A Tree Grows In Brooklyn).
1947: O Justiceiro (Boomerang!).
1947: A Luz É Para Todos (Gentleman's Agreement).
1947: Mar Verde (The Sea Of Grass).
1949: O Que A Carne Herda (Pinky).
1950: Pânico Nas Ruas (Panic In The Streets).
1951: Uma Rua Chamada Pecado (A Streetcar Named Desire).
1952: Viva Zapata! (Idem).
1953: Os Saltimbancos (Man On A Tightrope).
1954: Sindicato De Ladrões (On The Waterfront).
1955: Vidas Amargas (East Of Eden).
1956: Boneca De Carne (Baby Doll).
1957: Um Rosto Na Multidão (A Face In The Crowd).
1960: Rio Violento (Wild River).
1961: Clamor Do Sexo (Splendor In The Grass).
1963: Terra Do Sonho Distante / América, América (America, America).
1969: Movidos Pelo Ódio (The Arrangement).
1972: Os Visitantes (The Visitors).
1976: O Último Magnata (The Last Tycoon).
negrito - vistos
itálico - gravados
. . .
Comments:
Ritmo Total (Drumline)
Filme muito competente que aborda o universo das bandas marciais de universidades. Pode ser encarado de duas formas: a pessoa que gosta deste tema (pouco visto nas telas) vai ter belas apresentações e ficar muito mais por dentro (como o também bem feito As Apimentadas sobre as competições de cheerleaders); a pessoa que não gosta nada do tema vai achar que o filme não desenvolve seus personagens a fundo e que certas situações são batidas (guerra de egos, batalha final) com um protagonista convencido demais para deixar a audiência se identificar com ele. Eu sou mais do primeiro time e mesmo vendo falhas caso não gostasse do tema não dá para não ficar entusiasmado com as apresentações e coreografias, com som alto e tudo (que claro, foram gravadas numa fita para revisão).
No elenco apenas nomes pouco conhecidos, o que é positivo. Apenas Orlando Jones tem uma cara mais reconhecível. O diretor, Charles Stone III, pode ser um diretor para se prestar atenção, conduz muito bem toda a narrativa. Seu outro filme (feito no mesmo ano) Paid In Full foi bem elogiado.
Pena que no dvd não há extras para vermos os ensaios da filmagem ou um pouco mais das bandas marciais verdadeiras.
Pode seguir o caminho de As Apimentadas que virou um tipo de cult sobre um tema específico (cheerleaders), assim como Vale Tudo é referência para filmes sobre hockey (com The Mighty Ducks logo atrás para gerações mais novas) e etcs.
. . .
Comments:
sábado, setembro 27, 2003
Bad Boys II (Idem)
Michael Bay pode ser considerado a pior praga de Hollywood nesses últimos tempos. Por que? Bom, porque ele estabeleceu um padrão ruim para o filme de ação atual (muitos cortes, muitos closes, muita câmera tremida, pouca noção de decupagem e uma técnica vazia, mas "estilosa"). Fez um padrão porque seus filmes fazem sucesso, se fossem fracassos isso não criaria na mente de outros da indústria que é assim que um filme de ação tem que ser conduzido (ou fabricado). O problema então não é exatamente dele, mas do público que recepciona bem suas atrocidades.
O primeiro Bad Boys era o único de sua carreira que eu ao menos gostava. Muito se devia a química entre Will Smith e Martin Lawrence (ambos ainda querendo ser estrelas) e as boas presenças de Téa Leoni e Theresa Randle. No II a dupla já é famosa, Martin Lawrence se mostrou uma estrela arrogante e problemática, não consegue mais passar a imagem do bonachão gente boa do primeiro. Will Smith parece mais interessado em outras coisas do que em atuar no filme. Randle nem tem muita chance de fazer nada no filme. E no lugar de Leoni colocaram Gabrielle Union que é quase nula.
Tentaram repetir Máquina Mortífera na coisa do policial mais velho e casado com parceiro mais novo ao colocar a sub trama do namoro com a irmã de Lawrence e as constantes brigas da dupla (o que era bem mais trabalhado no primeiro filme).
O filme é longo demais para um blockbuster comum, a meia hora final transforma o filme policial com humor (a base do que seria Bad Boys) num filme de guerra. As piadas são sem graça (ao menos para mim, já que algumas pessoas da platéia riram) e os dois atores parecem estar fora de sintonia. Só não sei se por causa das falas e dos atores ou do timing errado do Bay ao fazer as cenas, por exemplo quando Lawrence toma ecstasy, teoricamente seria momento de grande humor, mas nada funciona nessa situação. A ação não empolga como poderia (em certos momentos empolga, mas a técnica de Bay estraga tudo) e é extremamente inconsequente (uma rodovia vira um inferno, cadáveres são atropelados, uma mansão em Cuba é totalmente destruída). Se há algo que se possa destacar positivamente é a forma de certas explosões com pessoas (onde parece mesmo que há gente atirada no ar).
E chega a ser hilário (intencional? duvido) um plano marca registrada de Bay: quando Lawrence recebe o telefonema da irmã sequestrada. A forma como a câmera se move e a música que aumenta é cópia do que Bay fez em Bad Boys (após uma perseguição), A Rocha (após Nic Cage sair do carro na perseguição) e Armaggedon (não lembro se Pearl Harbor tem esse plano também). Visto pela quarta vez a cena não emociona, mas faz dar risada de tão artificial.
. . .
Comments:
sexta-feira, setembro 26, 2003
Identidade (Identity)
É daqueles filmes que é melhor dizer: vá ver sem saber muita coisa. E ponto. Tem gente que pode não gostar das duas reviravoltas finais e ficar puto, mas por outro lado são belas reviravoltas, bem no clima do gênero que o filme se propõe.
De básico da história pode-se falar que um grupo de pessoas acaba indo parar (pelo mais variados motivos) num hotel de beira de estrada (semelhança com o Bates Motel não é mera coincidência) numa noite chuvosa. E aí começa o mistério.
James Mangold comanda bem o suspense e consegue transformar a coisa quase num horror, acrescentando fatos cada vez mais intrigantes e quase sobrenaturais. O ritmo vai empolgando aos poucos e não deixa a coisa esfriar, até mesmo quando a grande revelação é mostrada, o que não deixa de ser uma boa prova da competência da narrativa.
Os atores estão bem: John Cusack, Amanda Peet e Ray Liotta têm mais destaque. O encarregado do hotel é um ator que já tinha chamado minha atenção em Mar Em Fúria, como o pescador solitário que acaba ficando com uma gorda do bar. Rebecca De Mornay aparece no início e de imediato não parece ela, mas sim quase uma sósia hilária de Shania Twain.
O final propriamente dito, para não estragar qualquer coisa não vou entrar em detalhes, por um lado não era o que eu esperava e queria por outro é um bom fecho para o filme, pensando mais o filme como filme e não algo além (senão o primeiro final seria o mais adequado). Enfim, teve gente que soltou um "sem noção" com esse final hehehe
. . .
Comments:
O Serviço De Entrega Da Kiki (Majo No Takkyubin)
Mais um belo trabalho de Hayao Miyazaki falando de Kiki, uma bruxinha que parte para a vida independente que, de acordo com a tradição, tem que sair de casa e se virar sozinha aos 13 anos. Esse comecinho já nos surpreende, é apresentado de forma mais natural possível o fato de existir bruxas e quase todos lidarem bem com isso. É mais um filme sobre o processo de amadurecimento de uma garotinha, em como lidar com seus poderes e seus deveres. Miyazaki acredita no ser humano, bons em sua essência, todos se mostram prontos para ajudar Kiki, sem com isso serem paternalistas (há uma troca de favores). Isso lembra História Real de Lynch, onde não há as tradicionais segundas intenções em cada ato, mas um senso de comunidade e ajuda ao próximo. São mágicos os momentos de vôo de Kiki; o companheiro felino dela tem situações engraçadas e há emoção na parte final. Enfim, um grande filme, extremamente recomendado para as crianças.
. . .
Comments:
quinta-feira, setembro 25, 2003
Tv & HQ
Hidden Hills de terça foi ótimo abordando aquela mania do homem de interpretar as coisas distorcidas quando mexe com seu ego com relação a mulheres. Achei uma fita que dá pra desgravar e vou começar a gravar uns episódios da série em SP pra guardar.
Vi parte de um Saturday Night Live onde o Coppola participou e foi muito engraçado sua presença. Ele queria dirigir uma parte do programa, o Murder Mystery Theather, então só tinha que comandar as câmeras (como todo diretor de tv), sendo essa sua primeira vez. O segmento passa e é brilhante a coisa: a edição é toda errada e torna a trama do suspense incompreensível hehehe muda para o outra câmera no momento errado, focaliza em close o que era pra ser geral, etc. Muito bom!
Adquiri a Marvel MAX que tem a Viúva Negra, Alias e Luke Cage. Ainda não li. Todas têm continuações o que só nos obriga a comprar o próximo e o próximo...
UPDATE: li Viúva Negra e é quase nada!
. . .
Comments:
Maldição Do Oscar
É uma maldição mesmo?
Tem a estória de que atores / atrizes coadjuvantes que ganham o Oscar quando ainda estão despontando só escolhem papéis errados depois, afundando a carreira. Um caso notório foi Marisa Tomei que só agora vai aos poucos se arrumando, mas talvez tenha deixado passar a chance de ser estrela de primeira grandeza. Lembro do Cuba Gooding Jr que não entendia pq só foi escolhendo coisas cada vez mais constrangedoras para atuar (mais recente: Barco Das Loucas, ou algo assim).
Bom, falei disso pq vi que com a Angelina Jolie aconteceu isso. Ganhou por Garota Interrompida e já vinha com alguns trabalhos de destaque em Wallace e Gia.
Acompanhem o que veio depois:
2000: 60 Segundos (Gone In Sixty Seconds).
2001: Lara Croft – Tomb Raider (Idem).
2001: Pecado Original (Original Sin).
2002: Uma Vida Em Sete Dias (Life Or Something Like It).
2003: Lara Croft Tomb Raider – A Origem Da Vida (Lara Croft Tomb Raider – The Cradle Of Life).
Um pior que o outro.
2003: Beyond Borders.
Esse Beyond eu vi o trailer e parece ser apenas um romance com fundo de ação com médicos de fronteiras (acho). Pode até ser bom, mas nada que impressione.
Pode ser que os próximos trabalhos (Alexander do Oliver Stone, The World Of Tomorrow com Jude Law e Gwyneth Paltrow, Mr & Mrs Smith com Brad Pitt e Love And Honor como Catarina A Grande) ajudem a revigorar sua carreira artística.
Não cheguei a pesquisar outros, mas fica a maldição... Ou seria o caso de ganhadores mal escolhidos que revelam suas fraquezas após a fama?
. . .
Comments:
terça-feira, setembro 23, 2003
Nigella Lawson
A mais famosa e influente cozinheira do Reino Unido chega na tv brasileira via GNT. Não dá pra não notá-la nas chamadas pela sua beleza! Seus livros, programas e dvds são sucesso absoluto. Uma de suas vantagens é não ser cozinheira profissional, mas alguém que gosta de comer. Geralmente suas receitas são de fast foods (não apenas lanches, mas comidas facéis de realizar e comer).
"What I'm after is minimum effort for maximum pleasure in both the cooking and the eating" - Nigella Lawson.
. . .
Comments:
Kill Bill - Volume One
Mais algumas fotos do filme no Bando De Cá.
. . .
Comments:
sábado, setembro 20, 2003
Justiceiro
Esse mês começa a trilogia A Irmandade na revista Justiceiro & Elektra. Na revista fica-se sabendo que a partir de janeiro do ano que vem a revista do Justiceiro zera lá fora para entrar na linha Max, ainda com Garth Ennis escrevendo. Isto é, Ennis terá mais liberdade pois a linha Max é voltada para adultos e pode ser mais liberal. Imagina o que vem por aí!
. . .
Comments:
sexta-feira, setembro 19, 2003
O Santo Pecador (Saint Sinner)
Produção para a tv de uma história de Clive Barker (também produtor executivo). Ao contrário do que Barker recentemente vinha fazendo, botando o nome em coisas apenas para o marketing (como virou a série Hellraiser) esse telefilme se mostra um pouco mais bem cuidado, com uma história fantasiosa mas que prende atenção. Dois discípulos de monjes libertam por descuido dois demônios femininos que acabam indo parar no futuro (a época atual). Um deles morre e o outro é encarregado de ir no futuro matá-las. No futuro ele, óbvio, vai se enroscar com a polícia até resolver sua missão. Nada de muito original. Também não há muita coisa explícita já que é para a tv, mas não chega a ser censura livre. A ligação do enviado com a policial não é explicada, porque ele teve uma visão dela e de algo pessoal só pode ser deduzido como "coisas de Deus". Quase todo o elenco é desconhecido (exceção do bispo feito pelo William "o canceroso" Davis).
Canibais (Undead)
Uma mistura estranha de filme de zumbi, com humor, com aliens e aventura meio Mad Max. O começo lembra os antigos filmes de Peter Jackson com interpretações exageradas e humor ao mostrar cabeças decepadas e sangue jorrando. Depois o filme fica mais Noite Dos Mortos Vivos, com um grupo preso tentando evitar os zumbis despertos por coisas que cairam do céu. Logo após vira aventura de tiros e perseguições para acabar numa de ficção científica, com "escolhidos" pendurados no céu, uma muralha ao redor da cidade e aliens abduzindo e tentando se comunicar. Nem sempre a mistura funciona, mas serve como um passatempo bizarro. O filme tem clima de nascimento de uma heroína meio Mad Max abrindo portas para a continuação (e uma resolução meio confusa do que realmente aconteceu na cidade e por quê). A trilha sonora parece mais de desenho animado, dando um clima camp e amador na coisa, ao mesmo tempo dando humor na coisa.
. . .
Comments:
A Promessa (The Pledge)
Mais um interessante filme com direção de Sean Penn que já fez Unidos Pelo Sangue e Acerto Final. Aqui volta a trabalhar com Jack Nicholson que está com um ótimo desempenho fazendo um policial prestes a se aposentar que vai se envolver num caso de assassinato de uma garotinha. A trama básica do filme é cheia de clichês: policial se aposentando, busca da verdade como objetivo final, novo relacionamento que vai cruzar com a investigação, coincidências que levarão à suspeitos, teorias malucas que nenhum dos companheiros presta atenção, etcs. Sean Penn coloca nisso algo mais que o distingue (não sei se o livro em que o filme se baseia também tem essa procura de fugir do lugar comum) que fica bem evidente no final, onde a desesperança assume um lugar que tradicionalmente seria do triunfo da verdade. O lado psicológico do personagem principal é melhor trabalhado, quais os motivos por detrás de várias de suas ações (a compra do posto, o relacionamento com a garçonete, a afeição com a filha da garçonete, o risco de deixar a garotinha cada vez mais um alvo para o suspeito, etcs), o que o conduz nessa vida pós-trabalho? Há também uma religiosidade que Penn já trabalhou em Acerto Final, o acaso e a danação da alma (na promessa do título). Por um certo ângulo a resolução perto do final (o acidente) parece dar a Penn uma superioridade ante ao que está contando, é ele como cineasta que nos mostra coisas que ninguém mais está vendo, é ele que bota um caminhão no meio do caminho. O quanto isso é válido? É algo a se perguntar. Ele dá ao espectador o alívio da verdade e também a angústia do protagonista, ele acaba sendo o grande manipulador ao final. Só que essa manipulação é uma forma de mostrar os desígnios de Deus? Ou do cineasta? O final ao mesmo tempo bom e forte pode ser visto como problemático.
Penn conseguiu reunir um elenco de peso em pequenos papéis, o que é uma vantagem e uma desvantagem ao mesmo tempo. Quando vemos na tela em poucos momentos nomes como Harry Dean Stanton, Vanessa Redgrave, Helen Mirren, Mickey Rourke, Robin Wright, Tom Noonan, Sam Shepard, Benicio Del Toro e em menor escala Aaron Eckhart e Patricia Clarkson já se tem meio caminho andado para o público dar uma cara e passado para os personagens, pelo que representam como ícones (Noonan como suspeito de ser um serial killer, Rourke como um ser perturbado, Stanton como um desiludido dono de posto, etcs). Penn só precisa mostrá-los. Por outro lado isso faz com que tudo fique cinema demais, não estamos vendo uma busca real pela verdade porque logo ali vai ter uma estrela de cinema interpretando, aparecendo aqui e ali. Os rostos desconhecidos que tanta força têm não são utilizados como deveriam nesse tipo de filme (boa parte de investigação).
Falando da parte técnica há uma decupagem muito boa e sequências muito bem realizadas como a da festa de aposentadoria do protagonista onde apenas ele está fora de foco, ou a notícia da morte da garota para os pais numa granja. E as paisagens filmadas e os ângulos escolhidos. Penn cada vez mais se mostra um cineasta que privilegia a narrativa visual, seja para contar a história ou simbolizar algo.
. . .
Comments:
quarta-feira, setembro 17, 2003
Na Estrada Do Rock (Sweetwater)
Uma produção da VH1 contando a história de uma jornalista à beira da demissão com a missão de fazer um documentário sobre uma banda que chamou atenção na década de 60 (abriu em Woodstock e foi pioneira no fusion) e depois sumiu. Ela vai atrás dos integrantes que restaram (alguns morreram) e principalmente da vocalista que ninguém mais soube algo. A jornalista é feita pela Kelli Williams de quem sou fã, a acompanho na série The Practice, e deve ser o primeiro filme dela que vejo. Amy Jo Johnson (Felicity) faz a vocalista nos flashbacks. O filme é normal e competente, agrada sem ser muito mais que um telefilme. Como Amy Jo também é cantora as cenas de shows são boas com ela cantando. Só depois de assistir o filme fui descobrir que a história é real! Existiu essa banda que abriu mesmo Woodstock, lançou um álbum, foi apreciado e desapareceu. O que antes achava meio forçado (a cantora sofre um acidente de carro, fica em coma e tem as cordas vocais danificadas) aconteceu mesmo! Pra se ver como as coisas são... Parece que o filme chamou atenção das pessoas e a banda fez até concertos ao vivo numa reunião depois de muitos anos sem se encontrarem. Acho que não fizeram a trilha sonora do filme, pois não se acha as canções cantadas pela Amy Jo no filme pela internet.
. . .
Comments:
1987
O Behind The Music que passou no GNT focou o ano de 1987. Se eu já estava achando estranho certas coisas o documentário só ajudou a reforçar a minha idéia que esse ano foi O ano para mim. Recentemente vi que estava adquirindo dvds de filmes deste ano que foram importantes para mim: Os Intocáveis, Robocop, Predador, O Império Do Sol, Nascido Para Matar e Curtindo A Vida Adoidado (que é de 86, mas tá valendo). Sem falar que Antes Só Do Que Mal Acompanhado é de 87 e é uma das minhas comédias favoritas e adoraria ter um dvd deste filme. Tem Máquina Mortífera também. E Asas Do Desejo que foi oficialmente o filme que fui no cinema com o intuito de ver um filme para refletir, um filme sério pela primeira vez na vida.
Aí, no documentário, fala da música, o auge do hard rock poseur (Poison, Warrant, Motley Crue, Winger, etcs) com Bon Jovi incluso (mesmo que eu ache a banda diferente de todos esses, o que o tempo provou ser verdade). Nunca gostei deste estilo (exceção ao Bon Jovi). E fala de outros lançamentos e lembrei que foi o ano do The Joshua Tree do U2, talvez o meu preferido da banda e de todos os tempos, teve Tunnel Of Love do Bruce Springsteen, enfim, fui vendo como meus gostos se reuniram em 87 (Bon Jovi, U2, Bruce, alguns filmes) e parece que esse ano tem algo a mais do que os outros para minha vida. Isso sem esquecer que a Legião Urbana lançou Que País É Este! Que bizarro hehehe
Semana que vem o documentário focaliza 1994. Vale ver.
. . .
Comments:
Juliette Binoche no Inside Actors Studio
Foi uma edição especial, realizada em Paris. Uma surpresa ver que Juliette é bem emotiva e alegre. Fala o inglês muito bem. Os dois momentos de emoção foi quando falou de A Liberdade É Azul, o trabalho com Kieslowski e como foi difícil para ela fazer o personagem, pois Kieslowski queria que ela não demonstrasse emoção nenhuma (nesse ponto ela claramente se emocionou e quase chora). O outro foi quando falou das filmagens de O Paciente Inglês que ela acha até hoje a melhor experiência de trabalho de sua vida, pois teve grande afinidade com o diretor (sua ligação é muito mais com os diretores do que com o próprio elenco para se sentir bem num set) e a cada dia se sentia mais livre. Não ficou triste ao término das filmagens, pois achou que tinha cumprido seu trabalho, mas logo após no meio do set de outro trabalho desabou em lágrimas pois sentiu muita saudade daquele ambiente de trabalho. James Lipton perguntou se ela queria estar até hoje naquele set e ela, com a fala já engasgada, admite que queria ficar naquele set para sempre. Bem bonito ver tal experiência vivenciada por uma atriz. As partes engraçadas são os ruídos que ela fez de vez em quando para expressar algo e a declaração que ela num set é bem brincalhona, mesmo num drama sério. Também é engraçado o teste que ela fez com Godard no início da carreira para Je Vous Salue Marie, onde teve que andar nua em volta de uma cadeira recitando uma poesia, após esse teste Godard criou um personagem para ela no filme.
Ao final do programa Lipton recebe do governo francês uma honraria, Cavaleiro Das Artes e Letras (seu discurso em francês é engraçado ao agradecer, citando artistas franceses (Proust por exemplo), e terminando em rima com Truffaut e Pivot).
. . .
Comments:
segunda-feira, setembro 15, 2003
Cowboy Bebop
Finalmente vi os 9 episódios desse anime que estavam aqui no meu HD. Faltam 17 pra pegar e ver ainda... É um anime ótimo falando de caçadores de recompensas espaciais com trilha de jazz, country, rock e blues. Por coincidência vi os que estabelecem os personagens principais, pois no começo são dois, mas no segundo um cão vira mascote, no terceiro entra uma garota e no nono aparece uma garotinha hacker que vai integrar o esquadrão Bebop. O longa metragem vem aí nos nossos cinemas, a história se situa entre os episódios 22 e 23. Pra pegar a excelente canção de abertura só procurar por Seat Belts - Tank!
Session 01 – Asteroid Blues
Session 02 – Stray Dog Strut
Session 03 – Honky Tonk Women
Session 04 – Gateway Shuffle
Session 05 – Ballad Of Fallen Angels
Session 06 – Sympathy For The Devil
Session 07 – Heavy Metal Queen
Session 08 – Waltz For Venus
Session 09 – Jamming With Edward
Session 10 – Ganymede Elegy
Session 11 – Toys In The Attic
Session 12 – Jupiter Jazz (Part 01)
Session 13 – Jupiter Jazz (Part 02)
Session 14 – Bohemian Rhapsody
Session 15 – My Funny Valentine
Session 16 – Black Dog Serenade
Session 17 – Mushroom Samba
Session 18 – Speak Like A Child
Session 19 – Wild Horses
Session 20 – Pierrot Le Fou
Session 21 – Boogie Woogie Feng Shui
Session 22 – Cowboy Funk
Movie – Knocking On Heaven's Door
Session 23 – Brain Scratch
Session 24 – Hard Luck Woman
Session 25 – The Real Folk Blues (Part 01)
Session 26 – The Real Folk Blues (Part 02)
. . .
Comments:
Lágrimas Do Sol (Tears Of The Sun)
O mais recente filme de Antoine Fuqua (Dia De Treinamento) fica abaixo do esperado ainda mais depois de seu último filme, fazendo com que notemos como um bom elenco e roteiro fazem faltam para o Fuqua. Aliás, Dia De Treinamento parece até exceção vindo de um diretor que fez A Isca e Assassinos Substitutos. Mas o filme até que é bom, mesmo com uma trama muito parecida com Braddock III - O Resgate. Bruce Willis na fase pós anos 90 continua o mesmo: uma cara cada vez mais de pedra, desgostoso com a vida, amargo (bem usada por Shyamalan nos dois filmes da dupla). Monica Bellucci claro, não deixa de ser linda mesmo na selva e suja. A trama pode ser resumida no trailer, uma missão de resgate (lembra também Predador), só que depois da metade tinha que criar algo para não ser uma chatice só, então vem uma outra trama secreta que vai empurrar as coisas até o fim. As cenas de ação são boas, sem muitas frescuras de câmera. A música de Hans Zimmer é inadequada, forçando emoção em certos momentos, atrapalhando a ação em outros... (mas as canções regionais são bonitas).
Tem quem pode se ofender pelo filme mostrar mais uma vez como a África está um caos (o filme mostra até que bastante violência) e como em último caso os EUA continuam sendo a imagem da eficiência e tranquilidade (mas o filme ao menos mostra que foi decisão de um só homem reverter o quadro e não o exército dos EUA, que continua fazedo tudo by-the-book).
É filme-de-homens-com-uma-missão eficiente.
Creio que Fuqua tenha sentido uma coisa mais pessoal ao fazer o filme ao falar da África por ser um cineasta negro, mas não fica tão evidente assim.
. . .
Comments:
Audition (Oodishon)
Só agora nesse fim de semana que fui ver esse filme que estava gravado faz tempo numa fita que o amigo Ailton mandou pra mim. É um ótimo filme, começando num andamento e terminando em outro completamente diferente. A parte mais lenta é bem construída, sendo um drama bem humorado, até que começa aqui e ali a aparecerem os indícios para o final, aí o filme claramente poderia cair naqueles thrillers americanos do "desconfie de todos, não confie em ninguém" onde a possibilidade de conhecer alguém diferente é arriscada. Mas Takashi Miike faz um delírio final que possibilita ao filme sair da vala comum que poderia cair. Sua lógica de sonhos é ótima, seja na construção dos cenários e iluminação quanto no uso de objetos, não respeitando a ordem cronológica e espacial no planejamento das cenas (como um sonho / pesadelo). Aquilo que vemos pode ser apenas o delírio do protagonista tentando dar um sentido psicológico à mulher que pretendia se casar.
Quase perto do fim o filme entra no terreno frágil de usar o humor e o sadismo. Não dá para não acharmos ao menos engraçado como a mulher coloca agulhas. Aí fica o ponto: foi feito para acharmos graça de um ato violento? foi feito para vermos o absurdo da coisa? o que ela fala revela o seu estado mental e o dos espectadores que assistem e riem? Em alguns filmes eu achava isso repugnante (como Eles Matam, Nós Limpamos) em outros via até um por quê (Assassinos Por Natureza). Estranho ambos exemplos terem a mão do Tarantino... Aqui não fiquei ofendido. Só achei que a solução final não ousou mais, já esperava que o filho entrasse na roda e que o final não fosse mininamente tranquilizador (como acaba sendo). Ainda bem que o filme tenta uma hora brincar com um final, que aí sim seria o desastre total se fosse o caminho tomado.
. . .
Comments:
sábado, setembro 13, 2003
Dvds
Um dos dvds recém adquiridos, versão nacional, aqui chamado Lobo - O Assassino.
Os outros são:
A Armadilha (Skyline Cruisers) e também a edição dupla de O Predador.
. . .
Comments:
sexta-feira, setembro 12, 2003
Man In Black
Well you wonder why I always dress in black
Why you never see bright colors on my back
And why does my appearance seem to have a somber tone
Well there's a reason for the things that I have on
I wear the black for the poor and the beaten down
Livin' in the hopeless hungry side of town
I wear it for the prisoner who has long paid for his crime
But is there because he's a victim of the times
I wear the black for those who've never read
Or listened to the words that Jesus said
About the road to happiness through love and charity
Why you'd think he's talking straight to you and me
Well we're doin' mighty fine I do suppose
In our streak of lightning cars and fancy clothes
But just so we're reminded of the ones who are held back
Up front there oughta be a man in black
I wear it for the sick and lonely old
For the reckless ones whose bad trip left them cold
I wear the black in morning for the lives that could have been
Each week we lose a hundred fine young men
And I wear it for the thousands who have died
Believin' that the Lord was on their side
I wear it for another hundred thousand who have died
Believin' that we all were on their side
Well there's things that never will be right I know
And things need changin' everywhere you go
But till we start to make a move to make a few things right
You'll never see me wear a suit of white
Oh I'd love to wear a rainbow every day and tell the world that everything's okay
But I'll try to carry off a little darkness on my back
Till things're brighter I'm the man in black
. . .
Comments:
terça-feira, setembro 09, 2003
Decálogo
Olha que vi que tem pra vender! Não sabia! A trilha para a série do Kieslowski. Alguém tem aí para fazer uma cópia para mim?
. . .
Comments:
Trilhas Sonoras
Estou com mais umas para meu acervo, para serem apreciadas com o tempo. Graças ao amigo Fabrício que passou as trilhas dele para mp3 e colocou tudo num cd-r. As trilhas:
AI - John Williams
Seven Years In Tibet - John Williams
La Double Vie De Veronique - Zbigniew Preisner
Secret Garden - Zbigniew Preisner
Trois Couleurs Bleu - Zbigniew Preisner
Trois Couleurs Blanc - Zbigniew Preisner
Trois Couleurs Rouge - Zbigniew Preisner
Crouching Tiger, Hidden Dragon - Tan Dun
Magnolia - Aimee Mann
Good Will Hunting
além da trilha original de O Silêncio Dos Inocentes, do Howard Shore
Já ouvi algumas faixas e tem coisas ótimas que não conhecia, como o tema principal de Secret Garden. Ouvir de novo a Song For The Unification Of Europe da trilha de Bleu é uma maravilha!
. . .
Comments:
sábado, setembro 06, 2003
Hero (Ying Xiong)
Extraordinário filme de Zhang Yimou. Não preciso dizer que o visual deste filme é algo impressionante, seja no uso de cores quanto nas manobras de massas. Muitas vezes parece que o filme é o registro mais próximo de um anime já visto. As lutas não são lutas, Yimou filmou de outro modo que só vendo mesmo.
A história é por meio de vários flashbacks. Que elenco! Jet Li, Tony Leung, Maggie Cheung e Zhang Ziyi (fora o rei que esqueci o nome e Donnie Yen no começo). A trilha de Tan Dun lembra a de O Tigre E O Dragão nas cenas de luta, mas sabe diferenciar. Aliás o filme pode lembrar o de Ang Lee, mas acho a abordagem bem diferente (a fisicalidade de Lee é mais evidente, enquanto a espiritualidade de Yimou parece sobressair) e também o lado oriental é bem mais carregado aqui (Yimou é bem mais nativo que Lee) na trama com vários comportamentos, códigos e éticas bem orientais.
Não vou estragar as coisas falando demais no filme, mas como não falar da luta entre Maggie e Zhang por entre folhas e árvores? Ou as cortinas do palácio? Ou a execução em 10 passos? Ou...
Preciso rever isso em cinema! É filme para ser visto em todo esplendor da tela grande!
Um defeito é que achei o filme curto, queria muito mais! Vou ter que esperar pela versão extendida a ser lançada no futuro.
. . .
Comments:
sexta-feira, setembro 05, 2003
Comentários
Estou testando um novo tipo de sistema de comentários enquanto o yaccs não volta. Depois vejo o que vou fazer.
. . .
Comments:
Uma Vida Em Sete Dias (Life And Something Like It)
Uma repórter descobre que tem sete dias de vida e repensa várias coisas. É só hehe Angelina Jolie um pouco estranha com cabelo loiro. O filme não consegue ir muito além do que uma história com moral. A protagonista não tem lá uma grande mudança e nem repensa muito (ela gasta mais o tempo tentando provar que a previsão de morte é errônea). Ao menos há a beleza de Jolie e uma canção de Jewel toca na cena de amor.
Missão Perigosa (Avenging Angelo)
Último filme de Anthony Quinn. Tem Sylvester Stallone e Madeleine Stowe como protagonistas. O filme mistura comédia com filme de mafiosos com um pouco de drama, ação... Às vezes funciona, muitas vezes falha (principalmente o final meio banal). Stallone está simpático como o guarda costas de Stowe que está bonita e tentando ser engraçada (conseguindo em alguns momentos).
Simone (Idem)
Andrew Niccol tira um sarro da mídia e da indústria cinematográfica. Da facilidade de manipulação dos desejos, sentimentos e sonhos do público, que cria os ídolos e deles acham conhecer ou se identificar pra escaparem da mediocridade. Mas o alvo maior é a mídia que vai conforme a onda. Al Pacino, Catherine Keener e Evan Rachel Wood (uma graça) estão bem. A atriz que faz a musa virtual convence. Winona Ryder tem uma pequena participação muito legal. Em algum ponto do filme algo não se amarra bem e sentimos falta de algo mais no final. Aliás a opção desse final pode ser discutida se é válida diante do que foi construído ou parece ser mais uma brincadeira para fechar algo.
. . .
Comments:
quinta-feira, setembro 04, 2003
Donnie Darko (Idem)
Excelente filme, estréia de Richard Kelly em longas. O filme se passa em 1988 e com isso várias referências da década aparecem no filme em forma de canções (bem utilizadas, algumas muito conhecidas), livros, filmes, desenhos, personalidades, seriados, etcs e isso não apenas jogadas para dar um cenário anos oitenta, mas escolhidas para reforçar o tema do filme (e vendo a idade do diretor creio que muito de sua própria vivência nos anos 80 foi responsável por situar a história nessa época).
A história em si é melhor nem falar, muita gente pode até achar confusa ou apenas delirante. Há um bom uso da música incidental e trabalho de câmera. As atuações se destacam com Jake Gyllenhaal liderando o filme (muito bem, com o cara certa para Donnie). Três atrizes que gosto participam do filme: Jena Malone (sempre maravilhosa), Maggie Gyllenhaal e Drew Barrymore (também produtora executiva). Boa utilização de Mary McDonnell como a mãe, Katharine Ross como uma psiquiatra, Noah Wyle fazendo um professor e Patrick Swayze escolhido talvez a dedo para o papel (por ser grande referência dos anos 80 e pelo papel que interpreta, um guru de auto ajuda). Outros desconhecidos também tem boas atuações e boas aparições como a "vovó morte" lembrando David Lynch.
O filme consegue criar clima e misturar bem o suspense com ficção, comédia de costumes, painel da sociedade e da política, assuntos psicológicos e físicos, conflito familiar e várias outras coisas.
No dvd cenas deletadas e comentários em aúdio do diretor e do ator principal (legendado). O comentário ainda não vi, mas deve ser interessante para ajudar a destrinchar a trama, perceber mais referências (ou não intenções como o diretor diz que uma cena não foi intencional uma referência ao ET de Spielberg) e influências.
Como filme não foi muito comentado é um para ser descoberto.
Pelo visto o diretor tem interesse em alguns temas tratados nesse filme ao ver a história de um curta anterior e seu próximo longa (que trata de previsão do futuro).
. . .
Comments:
quarta-feira, setembro 03, 2003
Cine Monstro
Nas bancas. Confiram a melhor revista sobre horror do Brasil!
. . .
Comments:
Comments
Pelo jeito só dia 08 a coisa volta ao normal! Quem quiser comentar algo antes, vá por aqui.
10000
Quem for o visitante 10.000 do blog e der print screen, transformar em jpg e enviar pro e-mail acima, bom, sei lá hehe depois eu vejo o que faço, tenho uns brindes aqui.
. . .
Comments:
Taken
Queria muito ver e/ou ter isso! Por enquanto vou tentar pegar os dvds rips pela internet.
Complete series on five discs
Sixth disc bonus features include:
"Inside Taken"
"The Cast of Taken"
"A New Reality: The Visual Effects Team"
"A Singular Vision: The Directors"
"Time Warp"
Widescreen anamorphic format
Number of discs: 6
Pra quem não sabe Taken foi uma minissérie produzida pelo Spielberg sobre abduções seguindo a linha de Band Of Brothers. Os diretores dos episódios:
Episode 1 "Beyond The Skies" – Tobe Hooper
Episode 2 "Jacob And Jesse" – Breck Eisner
Episode 3 "High Hopes" – Sergio Mimica–Gezzan
Episode 4 "Acid Test" – Bryan Spencer
Episode 5 "Maintenance" – Felix Alcala
Episode 6 "Charlie And Lisa" – Tom Wright
Episode 7 "God's Equation" – Jeremy Kagan
Episode 8 "Dropping The Dishes" – Jeff Woolnough
Episode 9 "John" – John Fawcett
Episode 10 "Taken" – Robert Harmon
. . .
Comments:
terça-feira, setembro 02, 2003
Justiceiro & Elektra
O novo formato e o novo preço (2,90) da revista vieram em boa hora! O papel agora é parecido com o que se vende nas bancas dos EUA. Não dá agora pra não deixar de acompanhar o Garth Ennis nas histórias do Justiceiro.
. . .
Comments:
Meu Primeiro Homem (My First Mister)
Estréia da atriz Christine Lahti na direção de longa (ela já recebeu um Oscar por um curta). Começa bem com uma ótima Leelee Sobieski (irresistível como uma gótica) e um bom Albert Brooks (nunca fui admirador dele, mas no filme ele está simpático). A mistura de um 'realismo fantástico' (como a própria Lahti fala nos comentários) é interessante. O relacionamento dos dois é convincente e com pontos positivos, só que chega uma virada na trama e aí o filme enfraquece porque não tem muito tempo para explorar isso então muitas coisas são simplificadas e por mais que se tente sair dos clichês acaba esbarrando neles em vários momentos.
No aúdio Lahti (pouco falante) dá uma idéia melhor de como o filme foi feito corrido, sem tempo para planos de cobertura, mais planejamento e orçamento apertado o que se sente em algumas horas. Mas no final só de ver Leelee com cabelos negros já vale a pena.
. . .
Comments:
Cenas Do Crime (Scenes Of The Crime)
Uma surpresa. Peguei este filme apenas por causa do Jeff Bridges e não esperava muita coisa, não sabia nada do filme e pela capa parecia algo de investigação com um parceiro mais jovem. Nada disso! Foi ficando envolvente e a trama é outra coisa. O espectador vai montando o que está acontecendo e percebe que o filme inteiro vai ser uma só situação: um seqüestro e as negociações entre dois mafiosos. No meio disso um motorista que pensa ser o Bullitt (com o Steven McQueen), alguns capangas, proprietários de uma lanchonete, pintores de janelas, etcs. Quase tudo passado numa rua em pleno dia. Lembra muito David Mamet no jogo entre os participantes, nos diálogos e situações criadas.
O elenco é cheio de gente conhecida: Jeff Bridges, Jon Abrahams (de Todo Mundo Em Pânico e recentemente em Boston Public), Mädchen Amick, Noah Wyle (está ótimo, incorporando muito bem a persona de um capanga, bem diferente de sua imagem de médico em E.R., talvez o personagem mais interessante do filme; seria legal se Noah explorasse mais esse lado seu em outros filmes), R. Lee Ermey (o para sempre lembrado instrutor de Nascido Para Matar), Henry Rollins e até outros cujos nomes não são reconhecidos mas as caras são bem familiares como Peter Greene (que sempre faz papel de vilão, se possível drogado), Bob Gunton (outro famoso vilão, mais lembrado como o diretor do hospital em Patch Adams), Dominic Purcell (quase uma ponta, mas fácil reconhecer ser ele o protagonista da série John Doe) e Justin Louis (fazendo atualmente a série Hidden Hills). E quase todos foram bem construídos a ponto de lembrarmos de cada um (e dos desconhecidos também como Brian Goodman, um dos mafiosos) tempos depois de assistir o filme.
É um filme modesto, com boas viradas de trama e um estilo viril ao retratar essa situação, bem masculina. É difícil achar um filme desse gênero bem construído assim atualmente, tentando lembrar de alguns recentes aí percebi o porque do filme ter esse jeitão: um dos produtores é Rod Lurie, diretor dos ótimos Minutos Extremos (Deterrence), A Conspiração (The Contender) e A Última Fortaleza (The Last Castle), filmes que têm vários pontos em comum com essa produção. Ainda mais Minutos Extremos e Última Fortaleza que se passam quase que num cenário só e com o foco voltado ao universo masculino (da política e do presídio).
Dá vontade rever.
Somos avisados logo no início, mas só no final é que relembramos surpresos que é baseado num fato real (coisa que quero saber mais).
Vale ver, sem saber muito do que exatamente o filme fala.
. . .
Comments:
|
. . .
|