RD - B Side
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"Sometimes meaningless gestures are all we have"

terça-feira, novembro 30, 2004
Sob O Sol Da Toscana (Under The Tuscan Sun)

Um belo trabalho da diretora e roteirista Audrey Wells que adaptou um best seller de Frances Mayes pegando apenas parte do livro e acrescentando vários outros personagens e situações. O filme deve muito ao trabalho de Diane Lane que é o rosto mais conhecido do elenco e conduz todo o filme, alternando o drama com a comédia. Ela está ótima (a maturidade fez bem para a carreira dela?) e consegue ir da depressão ao entusiasmo infantil, do medo à inibição na redescoberta da paixão (e muito por olhares e gestos). Wells também tem grande responsabilidade em alcançar a leveza apresentada pelo filme, através de um trabalho suave de câmera e fotografia, a escolha certa do elenco (todos marcantes) e ao roteiro bem estruturado (sua origem é de roteirista). Fora isso o filme apresenta belas paisagens italianas e uma homenagem ao cinema de Fellini seja por falas ou situações que não estão lá apenas para enfeitar, mas que servem ao propósito da história. Mario Monicelli tem uma participação significativa. No dvd a diretora faz um bom comentário em aúdio, detalhando vários aspectos interessantes da produção. Incrível como muitas cenas foram feitas em tempo ruim e não percebemos pelo trabalho da fotografia. Às vezes ela dá pausas demais entre uma fala e outra, mas isso é perdoável. Fica evidente que ela entende muito da estrutura de roteiro do gênero que se propôs a realizar e com isso modifica algumas coisas e trabalha com a noção que certas idéias são imprecindíveis. Ela até brinca sobre os vários pseudo finais que existem nestes tipos de filmes e como não se importa de no final ir utilizando esses recursos. Com seus comentários fui saber que ela escreveu Feito Cães & Gatos, filme que sempre tive simpatia, além de ter escrito George - O Rei Da Floresta (que acho engraçado). Ela dirigiu anteriormente A Lente Do Desejo com a Sarah Polley e a Gina Gershon que até tive curiosidade de ver tempos atrás (agora vou marcar para pegar). Recentemente escreveu a refilmagem do filme japonês Dança Comigo? Há ainda um pequeno making of (onde vemos que a diretora além de falar bem é bonita) e breves cenas cortadas.

As mulheres particularmente vão apreciar mais o filme. Se não me engano o filme teve uma carreira boa nos cinemas nacionais, ficando meses em cartaz em certas capitais. Muito pelo público feminino, aposto.



A diretora Audrey Wells.


posted by RENATO DOHO 2:44 AM
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Out Of The Blue



O single do novo trabalho de Delta Goodrem tem uma característica que adoro e não sei explicar. Seria o momento melodramático da canção, após o primeiro refrão. Muito me lembrou a catártica parte da canção Come September da Natalie Imbruglia que é preparada com ela extendendo a última frase e as cordas entram com mais força para o "she will run, she's gonna drink the sun, shinin' just for you instead of everyone". Delta vem da mesma linhagem da Natalie, australiana que teve uma carreira como atriz, jovem e bonita.

Eis a parte da canção que é muito similar:

"Family and friends they were my life
I wasn't one for butterflies
But you gave me love that I can't disguise
There will be times when we're apart
I want you to know you're in my heart
Growing into a beautiful garden"

Não chega a ser catártica como a parte da Natalie, que ainda por cima tem uma imagem forte: "she's gonna drink the sun". Mas não deixa de ser legal encontrar estes momentos, já que não é sempre que acho isso nas cantoras atuais.

E isso me faz lembrar em como a Come September não foi divulgada, não chegou a ser single e nem teve clipe, sendo essa uma das melhores que a Natalie já cantou. A canção dava um clipe, dava um filme, dava muitas coisas e acabou nem sendo lembrada na divulgação do álbum.

Deixa eu colocar a letra aqui:

Come September - Natalie Imbruglia

Her bones will ache
Her mouth will shake
And as the passion dies
Her magic heart will break
She'll fly to France
Cause there's no chance
No hope for Cinderella
Come September

Everything wrong
Gonna be alright
Come September

Her violet sky
Will need to cry
Cause if it doesn't rain
Then everything will die
She needs to heal
She needs to feel
Something more than tender
Come September

Everything wrong
Gonna be alright
Come September

The souls that burn
Will twist and turn and find you in the dark
No matter where you run
She's made her mark
But lost her spark
And what she's pushing for
She can't remember

Everything wrong
Gonna be alright
Come September

Her eyes surrender, her cry a crying shame
Coming undone is she ever gonna feel the same

She will run
She's gonna drink the sun
Shining just for you
Instead of everyone
And so it goes
She'll stand alone
And try not to remember
Come September

Everything wrong
Gonna be alright
Come September


posted by RENATO DOHO 2:43 AM
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domingo, novembro 28, 2004
Laurel Canyon - A Rua Das Tentações (Laurel Canyon)

A diretora é mais conhecida pelo seu filme anterior, High Art, que foi bem elogiado tempos atrás e acho que nunca chegou por aqui. Quando começamos a ver a história é bem clichê de filho careta, mãe doidona e a noiva do filho ficando tentada pelo mundo alternativo da futura sogra e da banda que está gravando na mesma mansão onde ficarão. Só que conforme as coisas vão rolando a atuação do elenco conquista e o direcionamento fica mais evidente (a diretora mesmo afirma que quis falar mais de questões de fidelidade do que de pai / filhos). Uma cena no carro com Christian Bale e Natasha McElhone é ótima tanto pelo lado erótico (apenas com palavras) quanto em outros aspectos. Interessante como vão se acumulando as pequenas coisas não ditas entre as pessoas, de forma até natural, que levam a um distanciamento posterior e como a partir de um acontecimento o que muda nitidamente é que as pessoas começam a falar o que pensam e com isso as relações ficam mais fortes, não necessariamente melhores. O final é um dos pontos altos do filme, tanto na forma como acaba quanto no que é coerente com o clima de abertura emocional dos personagens. O que dava a impressão de ser algo esclarecedor (o diálogo mais aberto entre as pessoas) se revela um complicador natural ao termos um dos personagens mostrando seu posicionamento. A linguagem no filme é muito importante, só notar a cena inicial onde através das falas o casal consegue transar e como outra fala atrapalha um dos lados. Logo depois entram as falas profissionais de cada personagem que parecem bem diferentes uma das outras (música, medicina, biologia, negócios) e como elas vão se misturando (a noiva dando palpites na gravação da banda, as brigas ao telefone entre a produtora e a moça da gravadora, o jovem desabafando com a residente). Bale está muito bem e cada vez mais fico seu fã. Natasha como sempre está linda, assim como Kate Beckinsale. Frances McDormand está num papel um pouco diferente, mas como se sempre fizesse esse tipo e Alessandro Nivola tem talento musical adequado com seu personagem. A trilha sonora tem belas canções. No dvd o aúdio da diretora é legendado, mas ela se esquece que quem ouve esse áudio já viu o filme e fica muitas vezes contando o que está acontecendo.

Aproveitando coloquei algumas canções no disco virtual e duas delas fazem parte da trilha do filme. Recomendo. Peguem
aqui. Senha: 25DC4E29

As duas da trilha: In A Funny Way - Mercury Rev (que toca nos créditos de abertura) e Shade & Honey - Alessandro Nivola (o próprio ator do filme que faz o vocalista da banda).

Show You Love - Jars Of Clay toca no trailer de Spanglish.

posted by RENATO DOHO 6:24 PM
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quarta-feira, novembro 24, 2004
Breve







no ar, no mar, no som...


posted by RENATO DOHO 10:47 AM
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Encantadora De Baleias (Whale Rider)

Simples e bonito filme sobre a mudança da tradição dos Maoris quando uma jovem se mostra a líder da comunidade. Os Maoris já foram focados no filme O Amor E A Fúria que é num outro tom, de violência e desestruturação familiar. Aqui é mais de amadurecimento de uma garota numa comunidade que coloca as mulheres em segundo plano. A relação dela com o avô é primordial e muito bem trabalhada pela diretora. O que se faz é por amor da parte dela e nunca como rebeldia ou por birra e o avô não consegue entender essa mistura de amor pela neta com a tradição machista e a frustração de não ter um neto, o futuro líder. Há um pouco de predestinação na trajetória dela, como se ela desde sempre soubesse sua função. Sua paixão pela cultura de seu povo e o esforço de conseguir a admiração do avô são cativantes. A atriz Keisha Castle-Hughes é realmente uma revelação e tem um momento em particular maravilhoso, o discurso na apresentação na escola. Mas o resto do elenco é muito bom também, a maioria de desconhecidos e alguns deles muito bem envelhecidos pela produção. O ator que faz o pai da menina já é mais conhecido, mas agora tem sua chance de falar de suas raízes e não ser mais um vilão numa produção hollywoodiana (já o vi como terrorista e traficante). A música de Lisa Gerrard é hipnótica e tocante em momentos diferentes. Há dois quase finais que poderiam ser mais tristes e parecem querer enganar um pouco o público, mas um final de sacrifício não seria nada bom para o projeto, ela é a juventude e renovação. O filme serve, como o recente A Viagem De Chihiro, para as jovens garotas assistirem e se projetarem na vida dessas personagens, para com isso terem novas perspectivas e sonhos.

No dvd comentários legendados da diretora, bastidores, a construção da barca e cenas cortadas.


posted by RENATO DOHO 4:22 AM
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Thriller - A Cruel Picture



Essa produção sueca voltou a chamar atenção após ficar constatado que Quentin Tarantino teve influências da película na realização de Kill Bill. As referências mais óbvias são o tapa olho e a trama de vingança. Bo Arne Vibenius conseguiu realizar um interessante filme que coloca até cenas de sexo explícito, claramente inseridas e não com a atriz principal, mas nunca num tom sedutor e sim de escândalo (toda cena explícita é acompanhada de trilha de impacto). Também há violência, mas nos dias de hoje é coisa bem leve (a não ser a cena do olho, que é real). O filme que mais tem semelhança com esse é Ms. 45 de Abel Ferrara onde temos uma muda violentada duas vezes que parte para a matança geral. Thriller como um exploitation não pode ser visto pelo lado do elenco ou da trama, pois há muitas coisas fragéis nesses aspectos. Na parte final que vamos ter a ação e aí que o filme mostra suas melhores qualidades: o uso excelente da câmera lenta (ou diria, super lenta) que transforma as lutas em balés e o grande uso do som, cada vez mais distorcido e realçado. Há dúvida se a personagem está numa jornada de vingança ou apenas enlouqueceu mesmo, já que ataca muitas pessoas inocentes e não só os seus algozes. Christina Lindberg é ideal para o papel, alternando a fragilidade com a frieza, além de aparecer nua e revelar seu belo corpo.

Não dá para verificar se o filme teve realmente influência em outros filmes ou o próprio tinha influências de anteriores, mas as imagens chave parecem pipocar aqui e ali em diversas produções: qualquer personagem com tapa olho depois do filme vai remeter o espectador à Thriller (como Snake Plissken, por exemplo); mulheres em busca de vingança; justiceiros urbanos (Desejo De Matar estreou logo após); cano de espingarda serrado (Evil Dead, por que não?); lutas em câmera lenta; arma grudada nas costas com fita adesiva (Duro De Matar); treinamento em diversas habilidades; exploração sexual; vício em heroína (Pulp Fiction?); protagonista com vestuário preto (até Stallone Cobra tem semelhanças no jeito frio com que vai matando a gangue e nas poses de Sly com seu carro envenenado); câmera subjetiva; música e som realçando a violência; enfim, muita coisa. É um filme que juntou muitas das imagens e situações dos filmes de gênero e acrescentou ainda mais.

A edição atual em dvd é sem cortes e com vários extras.

Agradecimento especial ao expert
Leandro Caraça que me enviou a cópia deste raro filme.

posted by RENATO DOHO 3:40 AM
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terça-feira, novembro 23, 2004
Angels In America (Idem)



A premiada minissérie baseada na aclamada peça de Tony Kushner se revela não tão bombástica ou inesquecível como se esperava. É sim mais um belo trabalho de Mike Nichols, principalmente no trabalho com os atores que têm atuações fortes. A origem teatral é evidente nos diálogos e até na encenação das situações, não que seja teatro filmado, mas dá pra perceber como a coisa foi encenada num palco, além de que a partir do momento que os personagens diante de situações banais começam a discutir coisas sérias é óbvio o "estilo" teatral na construção de frases e pensamentos. Não há uma crítica aos anos Reagan diante da epidemia da Aids como alguns comentaram, e se há é algo muito sutil a ponto de ser percebida e notada. Acompanhamos três núcleos dramáticos onde alguns dos personagens vão interagir, ligando tudo. Talvez a mais isolada seja Mary Louise Parker que está ótima e uma das raras heterossexuais. A parte do elenco mais conhecida recebeu prêmios (merecidos), mas os desconhecidos Justin Kirk, Ben Shenkman e Patrick Wilson têm mais importância no projeto e não sei se foram reconhecidos. Ben tem o personagem mais problemático e difícil, afinal ele é o namorado que vira as costas ao amante quando sabe que o parceiro está com Aids. E também é um judeu politizado que tenta resolver e problematizar tudo através de idéias e teorias, mas é um covarde em suas ações, amando quase que apenas na retórica, se revoltando por posições políticas e esquecendo a ligação emocional. Não é nada simpático aos olhos do público (e parece ser o alter ego do autor). Patrick é o gay enrustido, mórmom e casado que vai se descobrir gay aos poucos. Justin é o aidético que fica sem ninguém em sua pior hora e é com ele que a minissérie entra no lado religioso, tendo visões com um anjo e se descobrindo um profeta (a parte final explora mais esse lado onírico). Mas as alucinações são constantes para as personagens de Mary Louise e Al Pacino. Pacino é o "vilão", baseado num personagem real, Roy Cohn, braço direito de Joseph McCarthy, advogado republicano que sempre escondeu sua homossexualidade e nunca admitiu que estava com Aids. Alguns atores fazem vários papéis e Meryl Streep faz um que eu me surpreendi ao saber que era ela. Há algo que falta na estória para adquirir uma importância maior. Ao concentrar o foco nos relacionamentos a trama perde em querer ser mais relevante com a época ou os personagens retratados, às vezes ali e aqui somos relembrados do contexto social e político, mas são pequenas coisas. São seis episódios divididos em duas partes, dando quase seis horas de duração.



posted by RENATO DOHO 1:02 AM
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domingo, novembro 21, 2004
DNA Of Literature

http://www.theparisreview.org/literature.php

Projeto fantástico!

posted by RENATO DOHO 8:44 AM
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Na Mira Da Morte (Targets)

Filme de estréia de Peter Bogdanovich na direção. Não sei separar o filme do seu processo de feitura, que é bem interessante, com Roger Corman propondo as condições de realização. Sabendo do que ele tinha a disposição e como contornou certos problemas o filme parece até ganhar relevância em certos aspectos e amenizar críticas que poderiam surgir apenas pelo filme em si. As duas histórias paralelas que se encontrarão no final não são bem balanceadas, ora o atirador é mais interessante, ora Boris Karloff fazendo meio que ele mesmo é mais. Algumas cenas parecem feitas para completar a duração do filme. No dvd Peter introduz e comenta o filme (a curiosidade maior é que Samuel Fuller ajudou no roteiro sem querer receber crédito e muitas das boas idéias do filme são dele, como no final de Boris na tela e na vida real).

A Canção Da Vitória (Yankee Doodle Dandy)

Acho que nunca vi filme tão patriótico como esse. Isso já afasta grande parte do público para conhecer essa cinebiografia de George M. Cohan que Michael Curtiz dirigiu. Motivo principal para conferir: James Cagney, espetacular no papel principal. Pra mim uma surpresa a mais foi nunca ter visto Cagney dançando ou cantando e ele faz essas duas coisas muito bem durante toda a história. Só conhecia seu lado durão, aqui a suavidade das canções e do gestual na dança surpreendem. Ironia é que no final mostra-se Cohan meio que esquecido da nova geração da época (segunda guerra mundial) quando foi o rei da Broadway décadas passadas e eu, atualmente, também não o conhecia. Então se o filme foi um pouco para relembrar ao público de sua importância não conseguiu fazer isso fora dos EUA (lá é bem popular) durante os tempos (na época onde o filme passou deve ter conseguido o feito, mas Cohan voltou ao esquecimento geral). Os números musicais são muito bem feitos, captados pela maravilhosa câmera de James Wong Howe. A biografia em si é parcial, o próprio Cohan tinha que aprovar então quase não se vê muito do pessoal e dos defeitos (apesar de sempre mostrá-lo como petulante). No dvd duplo vários extras, muitos na mesma linha patriótica, como cinejornais da época, além de um perfil de Cagney apresentada por Michael J. Fox, John Travolta falando de um de seus ídolos e um retrospecto de toda produção (apenas a atriz Joan Leslie dá depoimento do elenco, talvez porque seja a única viva).

Daisy Miller (Idem)

Belo filme de Bogdanovich feito após A Última Sessão De Cinema com sua então paixão, Cybill Shepherd. Baseado em Henry James o filme pode ser visto de duas maneiras principalmente: adotando o olhar do protagonista ou vendo o geral. Acho que quem vê pelo geral tem a idéia da tragicidade bem antes e pode se agonizar mais. Eu, ao contrário, estava sempre com o protagonista no que ele via e pensava sobre a personagem de Cybill e como ele fiquei completamente por fora do que realmente acontecia até o final aparecer... Como me identifiquei com o protagonista a impressão geral do filme é como a expressão dele no plano final, meio sem saber ainda o que se passou. Caso visse no geral ficaria mais emocionado, acho. Aliás, não achei uma boa opção mostrar o elenco no final, aquela tela branca seria ótima como plano de fundo dos créditos. Em escala menor o filme tem aquele clima que pode ser percebido em Os Maias, onde é mais exacerbado (e mais trágico?) e isso me atrai bastante. O ator, Barry Brown, está muito bem com suas expressões de tédio e melancolia, lembra muito Christian Bale. Infelizmente ele era assim na vida real e se matou anos depois. A morte entre pessoas próximas ao Bogdanovich são meio constantes. Nancy Hsueh, a assistente de Boris em Targets, chamou minha atenção e fui saber que morreu anos depois também. Tem o River Phoenix e Dorothy Stratten também. Também no dvd Bogdanovich introduz e comenta o filme.

O Otário (The Patsy)

Sempre que vejo Jerry Lewis nos dias de hoje percebo que já vi os filmes na minha infância (muitas vezes). Esse foi mais um caso onde achava que não tinha visto. Há momentos brilhantes misturandos com nostalgia de minha parte quando ouço por exemplo a música que ele tem que gravar ou quando revejo Ina Balin. As mulheres dos filmes de Lewis eram algo marcante, acho que me apaixonava por cada uma delas a cada filme (às vezes eu preferia a mais bonita que ficava com Dean Martin, mas geralmente as dos filmes solos dele é que eram mais fascinantes). No dvd outtakes, uma cena inédita e comentários em aúdio de algumas cenas, mas que quase não acrescentam muita coisa pois junto com Lewis está um cara que só dá risada. Mas finalmente temos Lewis em dvd!


posted by RENATO DOHO 4:46 AM
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terça-feira, novembro 16, 2004
Deadwood



A estréia do seriado foi ótima. A primeira coisa que notamos são os palavrões falados livremente e em grande quantidade. O elenco é bom, com atores conhecidos, porém não famosos, e desconhecidos. Os destaques neste piloto são Ian McShane (dono do bar), Keith Carradine (Wild Bill) e Timothy Olyphant (ex-xerife). Ian não lembro de ter visto em outra produção e faz um personagem central e complexo. Keith é conhecido e Timothy lembro bem dele no filme Encontros Do Destino. A direção foi de Walter Hill e a criação e roteiro do piloto foi de David Milch que conheço do seriado N.Y.P.D. Blue. Como a maioria dos seriados da HBO Deadwood não parece ser um seriado, mas sim um longo filme em partes ou mini filmes, dependendo do episódio. Não tendo censura podemos ter mais palavrões, sexo e violência. Promete.

FOX - toda terça, 22 horas.


posted by RENATO DOHO 11:22 PM
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CSI - Crime Scene Investigation







Três dos melhores motivos para ver esta série: William Petersen, Marg Helgenberger e Jorja Fox. Não desprezando os outros integrantes, nem o visual, as estórias e a direção, mas sem esses atores / personagens o meu fascínio seria bem menor. Depois da série fica difícil ver algo sobre o mesmo tema sem comparar com o nível que estabeleceram na questão de técnicas forenses, todo o resto parece amador ou falso mesmo.

Fico imaginando como é a recepção da série nos diversos laboratórios criminais dos EUA, pois o orçamento não é o mesmo e na série a equipe tem as melhores condições de trabalho possíveis. Em um episódio eles utilizam centenas (ou milhares) de "flags" num campo para evidências, por exemplo.

Só sei que houve um aumento significativo de pessoas que se inscreveram para estudos forenses, tanto de homens quanto de mulheres que viram como as personagens de Jorja e Marg são valorizadas na atividade.

Os antes ignorados técnicos forenses agora são "superstars".





Incrível é o sucesso lá fora, faz muito tempo que é a série número 1 dos EUA.

Toda quarta às 20:00 (temporada inédita) e de segunda à sexta às 22:00 (temporadas antigas). Na Sony. Como a série não é uma novelinha que se tem que seguir pode-se ver episódios isolados sem ordem. Parece que em Janeiro estréia na Record.


posted by RENATO DOHO 3:46 AM
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Já à venda



posted by RENATO DOHO 3:31 AM
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The Blade - A Lenda (Dao)

Ótimo filme de Tsui Hark prejudicado pela péssima dublagem em inglês além da exibição em tela cheia que confude ainda mais as cenas de ação nada convencionais de Hark (que é de uma criatividade espantosa). A retomada de temas tradicionais para a reinvenção do gênero (no caso um espadachim de um braço só em busca de vingança) lembra o recente Zatoichi de Kitano. Melhor do que querer falar algo do filme é indicar o ótimo texto no
blog do expert Leandro Caraça, post do dia 14/11.

Leis Da Atração (Laws Of Attraction)

Apesar de ser mais uma comédia romântica que une opostos algo neste filme faz dele um bom filme de gênero. Pierce Brosnan e Julianne Moore estão muito bem, o roteiro coloca o que seria a trama do filme apenas no terço final e mesmo sendo um filme curto (menos de 90 minutos) consegue mostrar várias situações interessantes (filmes mais longos na metragem às vezes se mostram rápidos demais no mau sentido). O diretor se recupera da bomba que foi Johnny English.

A Marca (Twisted)

Suspense básico de Philip Kaufman que até poderia ser melhor com o elenco que tem (Ashley Judd, Samuel L. Jackson, Andy Garcia) não fosse a conclusão meio absurda de uma trama já meio capenga (uma investigadora da divisão de homicídios que começa a suspeitar de si mesma numa série de crimes ocorridos). Quando a personagem de Judd desmaia pela terceira ou quarta vez a coisa vai ficando ridícula. Kaufman tem comentários em aúdio legendados mas mostra que não sabe utilizar esse extra, pois fala para o público como se ele estivesse vendo o filme pela primeira vez com ele, então em boa parte ele fica falando de como a história está rolando... Como adoro a Judd sou capaz de ver este (que ainda tem Andy Garcia que sou fã) além de Crimes Em Primeiro Grau, Risco Duplo e Beijos Que Matam, todos suspenses policiais bem mais ou menos. Ela ainda precisa fazer um filme do gênero digno (se possível sendo uma agente do FBI), pois considero o ótimo Sedução Fatal um outro tipo de filme.



posted by RENATO DOHO 2:32 AM
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domingo, novembro 14, 2004
Cash - A Tribute To Johnny Cash



Livro de 224 páginas, mais de 100 fotos raras, escrito pelos editores da Rolling Stone, prefácio da filha Rosanne Cash, entrevista de 1973 com Robert Hilburn, entrevista com Rick Rubin (produtor dos últimos álbuns lançados), discografia completa e tributos pessoais de pessoas como Bob Dylan, Sheryl Crow, Tom Petty, Merle Haggard, Willie Nelson, Trent Reznor e Bono.


posted by RENATO DOHO 2:30 AM
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Britney Spears Greatest Hits - My Prerogative



Bom, esse não é exatamente algo para indicar a compra, é só pra mostrar a capa mesmo! São 20 clipes com opções de versões extendidas, multi-ângulos, multi-áudios, bônus escondidos, etcs. Pior que não posso nem dizer que não comprarei pois tenho 2 dvds dela pra me comprometer aqui... resisti bravamente nos dois últimos lançamentos hehe


posted by RENATO DOHO 2:10 AM
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Afterglow Live



Sarah McLachlan lança o dvd ao vivo da turnê de seu mais recente álbum, Afterglow, que conta com um show de 25 canções, o vídeo de World On Fire e 20 minutos de bastidores. Além disso vem junto um cd bônus com 15 canções ao vivo. Tem que sair por aqui!

O set list:

Fallen / World On Fire / Adia / Hold On / Perfect Girl / Drifting / Push / I Will Remember You / Ice / Wait / Witness / Elsewhere / Answer / Angel / Fear / Trainwreck / Building A Mystery / Sweet Surrender / Possession / Blackbird / Ice Cream / Stupid / Fumbling Towards Ecstasy / Dirty Little Secret


posted by RENATO DOHO 1:38 AM
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sábado, novembro 13, 2004
The Great Artists - Os Impressionistas

Essa série de documentários está saindo pela ST2 Video e é bem legal para quem queira conhecer mais dos pintores abordados. Esse dos impressionistas é duplo e fala de Pissarro, Manet, Monet, Degas, Renoir e Seurat em episódios de 50 minutos cada (quase 5 horas esse dvd duplo!). Procurei informações da edição original mas não encontrei, parece que lá fora saiu em fitas individuais para cada pintor... Sei que tem o segundo volume que aborda pintores holandeses e flamengos (locação em breve). Espero que saiam mais (queria ver sobre Turner, Hopper e Register). A ST2 também lançou uma coleção que parece ser muito boa, Great Composers, com um maestro falando dos compositores e uma orquestra mostrando trechos de certas obras (já tem 3 volumes). Isso me faz lembrar da excelente série que Wynton Marsalis fez com Seiji Osawa sobre música misturando erudito com jazz. Os especialistas dos episódios são William Cummins, Carole Guberman e David Addison. A realização é ótima pois gravaram em locações atuais as passagens em Paris (e a imagem é bem definida) além de mostrar os quadros, fotos da época, trilha sonora adequada e narração competente. Como os pintores abordados faziam parte do mesmo movimento algumas informações são reprisadas, mas sempre de forma diferente, oferecendo um outro ponto de vista para não deixar a coisa repetitiva demais (às vezes a falta de imagens de outros quadros faz com que voltemos aos mesmos). Não dá pra ignorar algum deles e nem ter um favorito. Todos têm momentos brilhantes. Antes de ver eu me inclinava mais para Monet e Renoir (os mais famosos), mas depois Pissarro e Manet adquiriram força, além dos outros terem obras muito interessantes. Além de ser músico frustrado serei pintor frustrado? Acho que ainda dá pra ter uma noção básica, ter uma aulas de pintura e pintar algumas coisas (nunca fui bom para desenhar). Mas como os impressionistas é difícil (se eu soubesse ao menos reproduzir os efeitos da luz na água numa tela já seria maravilhoso).

Nelson Freire

Documentário sobre o garoto prodígio (ex, já que ele tem idade agora) do piano brasileiro. Não há uma linha narrativa (inclusive no dvd há a opção de ver os capítulos aleatoriamente). Não sei exatamente por que, mas o que lembrava toda hora era do Rattle And Hum do U2. Talvez pelo fato do João Moreira Salles ter feito algo meio documentário de banda de rock para um pianista erudito. Câmera na mão, a não preocupação em captar bem as falas (às vezes não dá pra entender o que o Nelson fala e ainda mais de sua amiga Martha Argerich), as montagens entre ensaios e apresentações, as legendas de lugares e pessoas (além da boa idéia de também dar os títulos das peças tocadas), a vida íntima pouco vista (a infância por outro lado é mais comentada), etcs. Claro que do U2 é melhor em vários aspectos (ainda acho um dos melhores documentários de grande banda de rock fazendo uma turnê), isso não vem ao caso, o que Nelson Freire proporciona são momentos como ele fascinado por Rita Hayword e Errol Garner, a carta do pai, a querida professora, o relacionamento de 40 anos com a amiga pianista, os cumprimentos diversos ao final... notar como são situações quase fora da música, pois os momentos musicais são belos mas isso teríamos vendo uma apresentação dele, o que fica por trás é de maior interesse num documentário (ou seria apenas um registro). A parte intitulada "tv" é a mais bizarra e engraçada, a tv como a brutalidade em pessoa no trato com todos e tudo. No dvd duplo há apresentações musicais na íntegra como extras além de algumas cenas não musicais.

Todo Mundo Quase Morto (Shaun Of The Dead)

Não é uma sátira como dá a entender, mas sim uma mistura inusitada de filme de mortos-vivos com humor, os dois lados conduzidos seriamente (isto é, sem desleixo, mas com verdadeira admiração por ambas as fontes). Há ótimas tiradas humorísticas e uma boa construção de terror indo lado a lado, por vezes não perfeitamente equilibradas, às vezes falta mais humor outras mais terror. As atuações não comprometem, mesmo sendo desiguais. No dvd vários extras como erros de gravação, cenas cortadas, furos de roteiro preenchidas com desenhos explicativos, apresentaçaõ do projeto, efeitos especiais e outros mais, além de aúdio com diretor e ator/co-roteirista (legendado).


posted by RENATO DOHO 1:35 AM
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sexta-feira, novembro 12, 2004
Easy Riders, Raging Bulls



Bem legal o documentário, passou na GNT. Longo, mais de duas horas com comerciais (2 horas sem).

Não posso comparar com o livro em que o documentário foi baseado pois ainda não o li (mas possuo). Claro que o livro deve ter muitos mais detalhes.

Acompanha a queda dos estúdios, a influência dos novos cinemas (nouvelle vague) nos jovens cineastas americanos, Sem Destino e assim vai até o final quando Star Wars e Tubarão instalam os blockbusters.

Uma curiosidade que não sabia:

- os roteiristas de Bonnie & Clyde deram o roteiro pro Truffaut que passou pra Godard já que ia fazer Fahrenheit 451 e Godard recusou pra fazer Alphaville até que Truffaut numa festa em Paris deu o roteiro pro Warren Beatty, achando que era o projeto certo para ele como ator. Truffaut e Godard estiveram em Chicago na época que Bonnie & Clyde estava sendo feito por Arthur Penn.

Uma parte engraçada é a da casa de praia em Malibu onde Margot Kidder e Jennifer Salt decidiam quem podia entrar ou não nela. Brian De Palma foi e Margot teve uma queda por ele (tiveram um caso), o que é espantoso pois vemos uma foto do Brian e ele sem barba é mais estranho ainda (já Margot quando jovem era uma graça). Depois Martin Scorsese aparece com seu "amigo estranho" Harvey Keitel e essa parte é hilária pois Jennifer e Margot lembram que Harvey não desgrudava de Martin, os dois sempre andavam juntos (que casal bonito!) hehehe Spielberg foi trazido por Martin. Paul Schrader e John Milius também andavam por lá. Tanto Spielberg, Schrader e Scorsese não eram conquistadores segundo elas, na verdade eram uns nerds que gostavam de ficar juntos falando de filmes, diretores e projetos. Milius lembra dos bons tempos, cheio de mulheres e festas hehehe O mais legal é que enquanto falam vemos os filmes caseiros que elas gravavam com todos jovens na casa se divertindo (Spielberg com uma câmera, Scorsese rindo, etcs).

Sam Peckinpah é retratado em algumas partes. Engraçado quando o produtor foi apresentar Bob Dylan para Sam. Estavam chegando na casa (fora da cidade onde iam filmar) quando ouvem barulho e gritos e a empregada sai da casa desesperada. Depois ouvem tiros e quando entram na casa está Sam peladão com uma garrafa numa mão e uma arma na outra. Um espelho quebrado (pelo tiro) e ele encarando sua imagem distorcida no espelho. O produtor, "Sam, este é o Bob Dylan" achando que Bob ia desaparecer do filme depois dessa hehehe

Falam da cocaína que se alastrou por Hollywood, todos usavam e como isso foi afetando os filmes e diretores (Schrader fala de Peckinpah não conseguindo sair do poço por causa disso, quando antes com bebida e maconha conseguia e acabando com sua carreira e vida). Um fato engraçado é numa homenagem na AFI ao Hitchcock (vivo ainda) um produtor foi no banheiro e em todos os compartimentos tinham muitos pés e o som de fungadas eram incrível. Parecia até uma piada o contraste da homenagem e do clichê exagerado da cheiração. Quando ele olhou pro velhinho que cuidava do banheiro entregando as toalhas caiu no riso de tão ridículo que a situação era.

Martin Scorsese filmando New York, New York era um retrato do que acontecia naquele. Quis fazer um filme que juntasse os antigos musicais com a emoção de Cassavetes, estava com problemas com a esposa, tinha um caso com Liza Minnelli, passava noites em claro sob efeitos de drogas...

A ex-esposa de Peter Bogdanovich fala como descobriu Cybill Shepard numa capa de revista e como percebeu como durante a filmagem Peter foi se apaixonando por Cybill (que já tinha tido um caso com Jeff Bridges). Cybill também fala em como hoje sente como deve ter sido ruim para a ex-esposa de Peter a situação (que achava que aquilo seria apenas um caso passageiro, um acidente de filmagem).

Outra coisa engraçada é George Lucas fazendo Star Wars. Ele apresentou uma versão bruta pros amigos (sem efeitos especiais) e Brian De Palma foi o mais sarcástico perguntando da tal "força". Lucas levou na esportiva, mas lá somente Spielberg se entusiasmou e disse que o filme estouraria. O pessoal não levou a sério pois Spielberg "era entusiasmado demais com tudo mesmo" hehehe E Lucas sempre dizendo que o pornô que era a salvação, que não necessitava de grandes locações ou astros. Milius divaga achando que se não fosse por Loucuras De Verão e Star Wars Lucas seria o dono de um império da pornografia e talvez mais rico do que é hoje.

Do Spielberg falam da filmagem de Tubarão em particular. Em como a pressão e exigências foram tremendas em cima dele. Pessoal do estúdio foi até o local de filmagem para ver os problemas e como na época começava a ter os diretores megalomaníacos drogados estragando os filmes ao verem Spielberg que era o oposto disso (não bebia, não fumava, e deixava o ego de lado) o deixaram concluir o filme.

Richard Dreyfuss lembra de quando for ver o filme e esqueceu que tinha participado dele tamanho envolvimento emocional com o que via na tela e pela primeira vez em sua vida viu algo que achava inédito: ao terminar o filme a platéia delirou, eram gritos, aplausos, uma coisa absurda. No banheiro (único local que dava pra se conversar) o pessoal do estúdio decidiu lançar em quantas salas conseguissem devido à reação da platéia.

Roger Corman quando viu Tubarão achou que estava perdido, eles (Hollywood) conseguiram fazer o que ele vinha fazendo com mais dinheiro e qualidade.

Um momento raro que nunca tinha visto: Roman Polanski emocionado dando a primeira entrevista coletiva após o assassinato de Sharon Tate.

Bom, tem mil e outras histórias. Dennis Hopper fazendo The Last Movie, Robert Altman brigando com Warren Beatty, Hal Ashby também brigando com Beatty, os filmes de Bob Rafelson e o sucesso com os Monkees, o estado de Schrader ao escrever Taxi Driver, Coppola recusando duas vezes O Poderoso Chefão, John Schlesinger querendo sair do armário ao fazer Perdidos Na Noite, Caminhos Perigosos fazendo relativo sucesso para ser esmagado a seguir por O Exorcista, etcs.

Falam um pouco de Julia Phillips também. Uma produtora de sucesso nos anos 70 que se acabou com as drogas. Ela e Dreyfuss no set de Contatos Imediatos eram incontroláveis. Morreu cedo.

Eu tenho o livro dela que quando Dreyfuss leu ficou p... da vida, mas lembrou que a coisa era bem pior e deixou quieto.

Falta ver o documentário que tenho gravado sobre o Robert Evans que também é abordado no Easy Riders, Raging Bulls.

Aliás, juntado esses filmes e livros mais o A Decade Under The Influence, o documentário sobre a Zoetrope que vem de extra no dvd de THX e algumas outras fontes dá um retrato legal dessa turma.

Senti falta de abordarem John Cassavetes, Terrence Malick, Brian De Palma, Michael Cimino e muitos outros importantes da década de 70.

Os entrevistados na maioria são os menos conhecidos como Schrader, Milius, Fonda, Hopper, Arthur Penn, Dreyfuss, Shepard, os produtores e roteiristas, Bogdanovich, etcs. Coppola, Scorsese e Lucas aparecem em entrevistas da época.

A narração é de William H. Macy.

No dvd duplo do documentário vem mais mini filmes sobre os temas:

The Times
Sex and Drugs
United Artists and Midnight Cowboy
The Film Critics
Robert Altman: A Director's Style
Hal Ashby: The Homeless Spirit
Peter Bogdanovich: The Man Who Loved the Movies
Francis Ford Coppola: Director's Journey
Dennis Hopper: Actor as Director
George Lucas: A Galaxy Far, Far Away
Sam Peckinpah: Sensitive Access
Martin Scorsese: Talent Finding the Edge
Steven Spielberg: Innocent Savant
The Participants Strike Back
The Author: Peter Biskind


Vale então conferir o dvd (que duvido que seja lançado por aqui).

O final é bem escolhido ao mostrar Scorsese terminando a década querendo desistir da carreira e tendo a chance da ressurreição largando as drogas e fazendo Touro Indomável (a cena mostrada é exemplar).

Sobre o que essa geração e época significaram cinematograficamente cada um chega às suas conclusões. Pode-se refletir sobre egos, arte e comércio, a dependência e independência em cada um dos integrantes dessa "onda", em como indiretamente ou diretamente o que cada um fazia atingia (ou modificava) o outro (aliás isso é na vida como um todo), etcs. Que os teóricos teçam seus comentários.

Reprises: GNT => sexta - dia 12 às 17h00 e segunda - dia 15 às 02h30.


posted by RENATO DOHO 1:55 AM
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quinta-feira, novembro 11, 2004
Julie Delpy



Aqui vc pode pegar a canção A Waltz For A Night que Julie Delpy canta no filme Antes Do Pôr Do Sol. Mas como é parte importante do filme talvez seja melhor só ser ouvida por quem já viu o filme...

Senha: 16AF424B

Algumas fotos dos bastidores do filme coloquei no outro blog.

posted by RENATO DOHO 6:08 PM
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quarta-feira, novembro 10, 2004
Shania Twain



Ontem foi lançado o Greatest Hits dela com 4 canções novas.



Também saindo este dvd que conta com uma surpresa muito boa para mim: a presença de Alison Krauss e a Union Station em todo o show! Esse dvd eu quero ter e com o nome da Shania é mais provável que chegue em nosso mercado (o ao vivo da Alison nunca chegou por aqui).


posted by RENATO DOHO 8:07 PM
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terça-feira, novembro 09, 2004
Trilha



posted by RENATO DOHO 1:27 AM
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domingo, novembro 07, 2004
Aquisições Recentes

Durante o mês de Outubro e início de Novembro.

DVDS

Embriagado De Amor (Punch Drunk Love) - no saldão da 2001, dei uma olhada nos extras e parecem ser os extras mais estranhos dos últimos tempos hehe

The Last Temptation Of Christ - edição da Criterion que a Saraiva colocou na promoção

achei lojas que vendem dvds por um ótimo preço, assim aproveitei para levar:

O Templo De Shaolin (Siu Lam Ji)
A História De Ricky (Lai Wong)
O Espelho (Zerkalo)
Duplo Suicídio Em Amijima (Shishinjuten No Amijima)
Cega Obsessão (Môjo)
Bom Dia (Ohayo)

esses últimos três fazendo parte da caixa de filmes japoneses que a Magnus Opus colocou à venda (ficou mais da metade do preço normal), meu primeiro Ozu em dvd (mesmo que já tenha visto no cinema)!

Focus (Idem) - por 9,90 numa loja, não resisti, já vi o filme (que é bom) e queria ter pelo preço e para mostrar para parentes

dois na Blockbuster, os semi-novos com ótimos preços:

Sobre Meninos E Lobos (Mystic River)
A Paixão De Cristo (The Passion Of The Christ)

e nas bancas de revista:

David Blaine – O Ilusionista (David Blaine – Street Magic)

LIVROS

Abbas Kiarostami: Youssef Ishaghpour & Stella Senra & Abbas Kiarostami (bela edição)
Luis Buñuel – A Critical Biography: Francisco Aranda (saldão na Fnac)
A Filosofia Do Horror Ou Paradoxos Do Coração: Noël Carroll (5 reais numa livraria)
Indústria Cultural E Sociedade: Theodor Adorno
Urdidura De Sigilos - Ensaios Sobre O Cinema De Almodóvar: Eduardo Peñuela Cañizal

CDS

Live At The BBC – Electric Light Orchestra
Um Amor Infinito – Madredeus
Música Para Acampamentos – Legião Urbana (finalmente por 9,90 nas Americanas pra completar minha discografia)
Brava (nova boa banda nacional)
The Well’s On Fire – Procol Harum (depois que pesquisei pra saber se esse novo era bom fui comprar num local que estava bem barato)
Source Tags & Cods – And You Will Know Us By The Trail Of Dead (5 reais num atacadão)
Songs For The Front Row – Ocean Colour Scene (idem)
Really Rosie – Carole King
Tapestry – Carole King
Her Greatest Hits – Carole King (os 3 no 3 Pak que na Fnac saía por 18 reais)
Um Compêndio Lírico De Escárnio E Dor – Réu E Condenado (na revista Outra Coisa)


posted by RENATO DOHO 4:33 PM
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Mostra BR 2004

O blogger comeu este post então fiquei com preguiça de escrever tudo de novo. Coisa ruim este ano: legendagem eletrônica (do Rio incrivelmente foi melhor). Boas: crachá com cordão para carregar, filminho de abertura, filmes de graça no vão do Masp (não vi nenhum, mas presenciei duas vezes e achei muito legal o público comum entusiasmado, além de som e imagem estarem ok). O resto é o de sempre (tanto nas partes boas como ruins).

Parece que este ano não é dos melhores no geral. Estranho que o melhor filme deste ano continue sendo um de Hollywood (A Vila). Claro que pra mim, né! Não sei se isso é bom ou ruim.

Excelentes

Antes Do Pôr Do Sol (Before Sunset)
Cinco (Five)
Old Boy
Quase Dois Irmãos

Ótimos

5x2 (Cinq Fois Deux)
A Música Mais Triste Do Mundo (The Saddest Music In The World)
Feminices
La Niña Santa
Terra Da Fartura (Land Of Plenty)

Bons

10 Sobre Dez (10 On Ten)
A Definição Da Insanidade (The Definition Of Insanity)
Alexandria... New York (Alexandrie... New York)
Bem Me Quer, Mal Me Quer (Je T’Aime... Moi Non Plus)
Capitão Sky E O Mundo De Amanhã (Captain Sky And The World Of Tomorrow)
Contos Do Hospital Gimli (Tales From The Gimli Hospital)
Dandelion
Mate Seus Ídolos (Kill Your Idols)
Mofando No Subúrbio (Lurking In Suburbia)
Papai Noel Às Avessas (Bad Santa)

Regulares

Crepúsculo Das Ninfas De Gelo (Twilight Of The Ice Nymphs)

Fracos

Nenhum, mas se tivesse visto Nina na Mostra colocaria aqui.

Perdidos

Um monte! Eu tinha listado no post perdido, agora não vou postar mais hehehe


posted by RENATO DOHO 4:00 PM
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Os Esquecidos (The Forgotten)

Filhote mal formado de Arquivo X. A premissa é boa, mas a explicação é hilária (e revelada cedo demais) tornado o filme quase esquecível. Deve ser o filme que a Julianne Moore mais correu. Há um susto na metade inicial que eu já tinha sido alertado numa reportagem, mas é tão inesperada que é um verdadeiro teste cardíaco (fiquei até puto com o tal susto) e é até um elogio, pois não dá pra prever e é de impacto mesmo. Depois percebemos que o filme é cheio de sustos, há um outro bom na cabana. Faltou um Fox Mulder na trama. O embate final de Moore com o vilão beira o ridículo, mas tem algo nele que impede que demos risada deste ridículo (a interpretação de Moore?). No final, a mensagem do filme parece ser: "mãe é mãe" hehehe

Nina

O diretor viu muito David Lynch... e mal. Eis o que se pode deduzir após o final do filme. A proposta é interessante, um filme "moderno", urbano, com uso de quadrinhos, mas algo desanda no filme e a constante aparição de situações lynchnianas irrita pois como Lynch só ele mesmo, em outros a coisa fica falsa e ridícula (a fala da mariposa é um dos exemplos de ridículo, o ator imitando um cão e os investigadores também). Pra começar o uso de Crime E Castigo deveria ter sido dispensado (dando ao filme um ar de importância que só joga contra o realizado). A apresentação de certos personagens é ruim (como o cego de Wagner Moura ou participações especiais de gente como Renata Sorrah, Matheus Nachtergaele, Lázaro Ramos, Selton Mello etcs). A velha tem uma interpretação caricata demais e a protagonista Guta Stresser até se sai bem vez ou outra, mas sua cara de cachorro sem dono constante é limitante (seu melhor momento talvez seja quando usa o humor que lhe é mais familiar). Na Ilustrada uma afirmação realmente faz sentido, o filme quer se moderno mas parece um filme anos 80 paulistano, tudo soa meio datado e artificial, não traz algo que pareça se passar nos dias de hoje. A trama é fraca também já que a velha não chega a ser muito odiável e nem a protagonista muito oprimida (parece ser mais uma ex mimada, agora rebelde). Mas apesar de tudo o diretor não se mostra um fracasso, só que ele junta mal todas as possíveis qualidades do projeto (o roteirista, o fotógrafo, o músico, o desenhista, os atores, etcs). Se ele souber manejar tudo isso melhor da próxima vez algo de interesse possa surgir. Ou não hehehe


posted by RENATO DOHO 2:16 PM
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Mostra BR (4)



Bem Me Quer, Mal Me Quer (Je T'Aime... Moi Non Plus)

O documentário realizado por Maria De Medeiros retrata o eterno relacionamento de amor e ódio entre cineastas e críticos. Ela aproveitou o festival de Cannes para entrevistar os dois lados (Almodóvar, Cronenberg, Egoyam, críticos da Positif, Cahiers, etcs) e juntou as entrevistas em pequenos blocos. Há várias coisas engraçadas e legais, mesmo que o formato seja básico. Quase não vemos as perguntas, só as respostas. Do Brasil Luiz Carlos Merten, Leon Cakoff e Rubens Ewald Filho são os entrevistados. Para quem interesse no assunto o filme é satisfatório diante das circunstâncias (poderia se expandir mais a época e os entrevistados, mas claramente parece um projeto que quis minimizar os custos entrevistando todos num único evento e diante isso é bem realizado).

A Definição Da Insanidade (The Definition Of Insanity)

Quase uma ego trip do diretor que é ator principal. Basicamente ele retrata seu cotidiano de ator que já passou da idade de ser uma revelação e ainda tenta ser bem sucedido na carreira em entrevistas e audições. Como ele tem uma família para sustentar (filho e esposa) a pressão para que ele desista do sonho e passe a trabalhar em algo regular é grande (tanto da esposa quanto da família que ainda empresta grana para ele). O ator lembra John Turturro e a atriz que faz sua esposa é bonita (e desconhecida para mim). Peter Bogdanovich faz uma participação especial. Se não apresenta nada de novo o filme em certos momentos faz com que nos identifiquemos com a impotência do protagonista diante de uma carreira aparentemente sem futuro e totalmente imprevisível, especialmente quando vemos o comportamento cada vez mais distante da esposa.

Dandelion (Idem)

Um filme independente americano que ao menos tem um bom tratamento visual já que a "mania" atual é de fotografia crua, digital, etcs. A beleza visual se mostra em paisagens, na escolha dos atores, na composição de cenários e na escolha da trilha sonora. Por outro lado a história é conhecida, garoto sem muita perspectiva de vida (a idéia de suicídio é recorrente) encontra numa garota a alegria que faltava, mas acontecimentos outros vão atrapalhar as coisas. Lembra o Prova De Amor na coisa de cidade do interior e relacionamento amoroso e também um pouco de Undertow. O ator principal, Vincent Kartheiser, tem um jeito delicado (até na fisionomia suave) ideal para o personagem (lembra o personagem dele em Crime + Castigo). Os clichês de filmes indies aparecem aqui e ali, mas não atrapalham (a relação com o pai é boa). Apenas o uso do homem do trem é um pouco forçado, feita para ser exótico. No geral é um bom filme e uma boa estréia do diretor, vamos ver como ele evolui.

Cinco (Five)

Kiarostami faz 5 longas tomadas (o projeto é uma homenagem à Yasujiro Ozu) onde o mar é predominante. Dos 5 apenas não gosto da terceira tomada onde vemos cachorros ao longe, na praia (a não ser pelo uso do diafragma se abrindo achei que outra tomada seria melhor). A primeira achei muita boa por ser a mais "dirigida", isto é, a câmera acompanha um pedaço de madeira na areia, perto da arrebentação das ondas, nosso olhar é dirigido mais explicitamente, mesmo que com liberdade. Quando o pedaço de madeira se desfaz em 2 (um pequeno pedaço se solta) e temos os dois no plano mas ficamos com o que se desfez e não com o pedaço original é algo brilhante (e melhor ainda depois vemos lá ao fundo o pedaço maior flutuando). A tomada dos patos parece uma concessão, um alívio para a platéia achar "uma gracinha" os patos, só que achei boa por ser um pouco similar ao do pessoal que anda na orla da praia (por que os patos andando são engraçados e pessoas andando não são?) e pelo ótimo som. Aliás, som e imagem se misturam de forma espectacular na última tomada (que eu não acho que seja uma única, mas não li nada a respeito ainda) onde pouco vemos um pedaço de um.. (riacho, mar, lagoa?) à noite com o brilho da lua e os sons de animais e insetos (além da chuva). Gostaria de saber mais sobre a feitura do filme, pois se tudo realmente for ao acaso (de nada ter sido preparado) Kiarostami tem uma sorte dos diabos! Ainda mais se cada tomada foi única (isso eu acho que não é, como também o som no último plano que parece montado). Claro que o filme abre espaço para dezenas de interpretações, mas isso quem faz melhor são os outros, não eu.

10 Sobre Dez (10 On Ten)

Literalmente uma aula de cinema com Kiarostami ao volante dirigindo e falando sobre seu processo de filmagem (especialmente de Dez) enquanto vemos pela janela as paisagens que aparecem em Gosto De Cereja (o local favorito de Kiarostami). Algumas cenas de Dez aparecem de vez em quando para pontuar algo que ele diz. É fascinante, mesmo que por horas seja óbvio o que ele diz. Ao mesmo tempo é um tipo de abordagem sobre o cinema e não a única (ainda bem). Há uma crítica à Hollywood na parte final que Kiarostami aborda ironicamente (dando os passos aos jovens cineastas que queiram ser bem sucedidos). Não vejo o interesse neste filme para quem não tem uma ligação com o cinema mais do que de simples espectador (a não ser que se queira saber mais do processo de direção de Kiarostami, mas também isso eu acho específico para quem mexa com cinema, não vejo o sentido disso para aqueles que apenas apreciem o cinema).

5 X 2 (Cinq Fois Deux)

François Ozon é irregular. E depois De Swimming Pool ele volta com um filme melhor falando de uma relação amorosa vista em ordem invertida. Começamos no divórcio e terminamos no primeiro encontro. Visto em ambas as ordens o final não é feliz, mas na ordem invertida o final é mais melancólico, como se houvesse a possibilidade de mudança mesmo sabendo qual é o futuro (caso contrário o final seria mais brutal). A atriz Valeria Bruni Tedeschi tem certos momentos parece muito a Gillian Anderson, ela é irmã da cantora Carla Bruni. Tem uma beleza madura e (fetiche de Ozon) parece a Ludivine Sagnier se envelhecida. Como ela está trabalhando no próximo de Ozon parece que a relação deu certo. O casal do filme em vários momentos não parece realmente se amar (o que ela faz após o casamento é um indício, o encontro com o irmão gay dele é outro, o próprio primeiro encontro deles é morno) então não chega a ser pessimista ao casamento (o processo inverso de desconstrução da relação não é tão drástica assim de inteiramente apaixonados para um ódio mútuo).

Quase Dois Irmãos

Uma bela surpresa já que não ia ver o filme, mas por um encaixe de horário fui conferir e acabei vendo um dos melhores nacionais do ano (mas eu vi poucos este ano, só que não acho que Olga, Cazuza, A Dona História e outros sejam concorrentes). Lúcia Murat é segura na direção e faz um thriller político de primeira. O maior destaque é o trabalho de elenco que é fantástico. Creio que nenhum ator do filme (até figurantes) esteja ruim em todo o filme! O guarda da prisão, os prisioneiros sem falas, os traficantes da favela, os moradores de lá... é impressionante como foram bem trabalhados (nos créditos vi que é o pessoal Nós Do Cinema e outros que fazem um excelente trabalho mesmo). Isso ajuda e muito na criação do clima do filme. Flávio Bauraqui, um dos protagonistas, está excelente na composição de Jorginho. Paulo Lins é um dos roteiristas e isso nos faz lembrar de Cidade De Deus em algumas situações, mas ao contrário de Cidade, Murat consegue driblar as falhas do outro ao não impôr uma direção que chama atenção para si mesma, o filme não parece querer mostrar que Murat está na direção, não fica evidente pois estamos imersos na história e nas interpretações (talvez um ou outro take seja mais chamativo neste aspecto, mas é pouco). A fotografia, a trilha, os cenários, tudo ajuda. O conflito de classes (no presídio entre os prisioneiros políticos e os comuns, na sociedade entre o pessoal da favela e do asfalto) é bem apresentado (especialmente no tempo passado). De Murat já tinha ouvido elogios ao Brava Gente Brasileira que agora quero conferir logo. É o primeiro filme dela que vejo e fiquei com ótima impressão.


posted by RENATO DOHO 11:19 AM
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terça-feira, novembro 02, 2004
Mar Aberto (Open Water)

Fiquei meio enjoado no filme, como se estivesse em alto mar hehehe Filme bem interessante, simples, quase banal (casal fica perdido no meio do oceano) que às vezes eram os episódios tapa buracos de séries que tinham o mar como coadjuvante (do tipo Baywatch). O filme vai conquistando aos poucos, conforme os perigos vão acontecendo até chegar na cena noturna que é ótima e aí que o filme tem seu grande momento. Tudo anterior é apenas uma preparação não mais do que bem realizado (e não muito diferente do que vemos por aí). Eu achei que o quase final tinha um defeito (mostravasse o casal após a cena noturna), mas quando percebi qual seria o verdadeiro final gostei de como as coisas se resolveram. Isso, óbvio, irritou muita gente. Achei bom, mas não deixei de no final me perguntar exatamente o que aquele final significava a não ser um truque para um final de impacto. O que seria? Nunca mergulhem? Temam o mar? Temam os tubarões? O amor tudo destrói? Um dia vivo, no outro morto? Nunca tirem férias? hehe Eu ficava era pensando no pós final: quem seria processado? os parentes iriam querer achar os corpos? a contagem ridícula iria ser modificada para uma lista de nomes? hehe


posted by RENATO DOHO 4:12 PM
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Mostra BR (3)

Alexandria... New York (Alexandrie... New York)

Interessante filme que mistura um enredo e situações de novelas (como os dramalhões indianos) com algo a mais. Boas atuações num filme que discute identidades, nação e o atual estado das coisas. Teve quem odiasse pela quantidade de clichês (ou os números musicais), mas se captasse o espírito do filme de cara dava pra curtur tudo numa boa.

Terra Da Fartura (Land Of Plenty)

Um bom Wim Wenders, o que é estranho já que há tempos não tenho o maior entusiasmo com seus filmes mais recentes. Ao discutir a América de hoje pelos seus olhos de estrangeiro, mas que mora nos EUA Wenders contrapõe uma santa e um paranóico, sobrinha e tio, com passados que se misturam com a história recente americana. John Diehl consegue papel de destaque (ele nunca teve grandes chances, mas já era ótimo em Miami Vice) fazendo o paranóico tio de Michelle Williams (de Dawson's Creek). O humor que provem do personagem de Diehl pode parecer fácil ao expor o ridículo americano, mas o lance é tentar complexá-lo (o filme ao menos consegue isso, mesmo que dedique só a parte final para isso) para que cheguemos ao final não distante dele, o vendo de modo superior, mas sim que nos identifiquemos um pouco com ele e sua perda de identidade (e a procura da jovem pela sua própria). A trilha sonora é ótima onde se usa uma banda que lembra muito Radiohead, além do final bonito ao som de Leonard Cohen. Parece uma espécie de carta de amor de Wenders para a América, que se travestiu no início de forma crítica.

Old Boy (Idem)

Como definir este filme? Um drama violentíssimo? Por aí. Não que ache a violência muito grande, eu sempre imagino algo pior quando se fala muito de um filme. Uma grande experiência visual e sonora numa história forte que aos poucos o público vai entendendo até o final que abala. Os flashbacks entrando sem cerimônia e desaparecendo são ótimos, o domínio de como contar esta história impressiona, a atuação do ator principal é muito boa e a trilha constante realça o sentimento. Tem tudo para ser um filme cultuado. Sem dúvida um dos filmes mais interessantes da temporada.

Feminices

Um ótimo falso documentário de Domingos Oliveira sobre 4 atrizes ensaiando para uma peça. A captação digital, os depoimentos de certas personalidades sobre "homens e mulheres" e das próprias atrizes misturados com a ficção da história (com participação do próprio Oliveira) dá à tudo um ar leve e engraçado. Apenas uma das atrizes me pareceu fora de sincronia, interpretando e não dando o realismo necessário (a que faz a Babi), as outras estão ótimas. A imagem estourada e a alternância de p&b e cores é explicada pelo diretor no início. Um belo filme.


posted by RENATO DOHO 3:51 PM
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