quarta-feira, agosto 30, 2006
Terror Em Silent Hill (Silent Hill) ••••
Se eu tinha gostado de O Combate o mesmo não aconteceu com Pacto Dos Lobos (e Necronomicon não me deixou impressão alguma) então não tinha lá grande interesse em ver esse novo trabalho do Christophe Gans. Só veria realmente por ser fã da Radha Mitchell e é ela um dos grandes trunfos do filme (o que é aquela roupa no início, hein?). Mas fora isso o filme não deixou de ser uma bela surpresa. O andamento não é lá muito bem elaborado (parece um pouco longo demais) fazendo com que, coincidentemente, eu olhasse para o relógio 3 vezes, sendo de meia em meia hora. A trama não apresenta algum lance mais original ou inusitado, sempre nesses começos a burrice dos personagens conta bastante para o desenrolar das coisas. O que vale é a interpretação e persona de Radha, alguns dos personagens introduzidos (a policial, quase um fetiche lésbico; e a líder da seita) e momentos bem conduzidos. De terror mesmo não há nada, há sim mistério, onde não se tenta o medo ou o susto, mas sim do desvendamento das coisas. Em várias cenas, situações e movimentos de câmera a gênese do video game é bem evidente - mesmo que eu nunca tenha jogado e nem saiba como é a trama - e isso não prejudicou o filme (os caminhos a seguir, os desafios, as armas disponíveis). Os vários efeitos especiais até combinaram e ficaram bem, por incrível que pareça, com os cenários se decompondo, os insetos gigantes e os monstros contorcidos. O ponto alto do filme é a parte final, que fez com que eu passasse a achar ótimo o que estava achando bom. Começando com a "queimação" e Radha se impondo de forma gloriosa logo a seguir. Totalmente Hellraiser a cena na igreja consegue em poucos minutos reunir muitas imagens inesquecíveis como os arames entrando em certos lugares e a dança de sangue a seguir. O melhor é que lá ficava mais evidente um aspecto que pode ser prejudicial para alguns, mas para mim foi benéfico: não há realmente vilões e monstros; como os cenobitas de Barker há sim crueldade, maldade, mas não em personificações, apenas em ações. Não esquecendo do instigante final. Um porém: botar Johnny Cash na trilha nestes tempos já devia ser proibido! Se antes era legal ouvir Cash aqui e ali agora parece moda ou uma forma de chancelar algo.
V De Vingança (V For Vendetta) ••
Apesar de ter os quadrinhos ainda não li a obra em que se baseia o filme e por isso só comento do que se fez nas telas. Talvez venha a concordar com Alan Moore que nem deixou o nome nos créditos, do filme não ter muito a ver com as hqs. Tudo parece banal e mal realizado, ou melhor, corretamente feito e superficialmente percorrido. Nem Natalie Portman dá um gás na coisa. Nada instiga, nada atrai, tudo fica parecendo a máscara de V, artificial e imutável. Fora que parece remake de 1984.
A Cor De Um Crime (Freedomland) ••
Filme que tenta chegar em algum lugar mas não chega a lugar algum. Toda a questão de raças, do bairro e tudo o mais que bem pode estar no livro (do autor de Clockers que é mais bem sucedido) não se ressalta aqui no filme. Talvez pela direção insossa do Joe Roth. Samuel L. Jackson não foge muito do que geralmente interpreta e Julianne Moore atua em constante estado de desolação. Moore novamente faz uma mãe à procura de seu filho.
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sábado, agosto 26, 2006
Breve História De Quase Tudo
Extraordinário livro de Bill Bryson, jornalista mais conhecido pelos seus livros de viagem, que movido pela mais apaixonante das curiosidades quis entender o nosso mundo. Como bem diz a capa do livro vai do big bang ao homo sapiens e são tantos os assuntos nas quase 500 páginas que nem dá pra descrever tudo aqui. Bryson se valeu de três anos de pesquisas em livros, revistas e especialistas para tanto. O melhor é que não se trata de um resumão, mas sim de uma abordagem de jornalismo investigativo tendo toda a parte teórica como base para se lançar à viagens aos locais e na procura das pessoas certas para esmiuçar melhor as questões. A leitura parece de uma grande reportagem ao invés de algo teórico e maçante. Um exemplo de como todo bom jornalista (munido de muita curiosidade) poderia escrever sobre os mais diversos temas dessa forma como Bryson fez.
Do cosmos passa para a Terra, toda a evolução passando por física, química, geologia, biologia, etcs e indo parar em nós, os homens. No meio disso quase tudo é relatado, detalhado, explanado seja em biografias dos cientistas importantes de cada área, as batalhas que esse meio científico acadêmico teve e tem até hoje, os diversos estudos e teorias e até passagens curiosas de incidentes, acidentes, fatos sociais, aspectos econômicos e assim vai. Um aspecto muito positivo de Bryson é que ele usa de efeitos comparativos para melhor exemplificar certas idéias e noções de tamanho e espaço. Como dimensionar a Terra ao tamanho de uma ervilha e sendo assim Plutão estaria a 2,5 quilômetros de distância, e do tamanho de uma bactéria - bem diferente dos tradicionais mapas do sistema solar... Qual seria a real distância do solo ao centro da Terra (e depois sabermos que não conseguimos chegar em escavações nem na casca superficial da Terra caso fôssemos uma laranja). Ou previsões de possíveis acontecimentos com relação à terremotos, tsunamis, epidemias, eras glaciais...
Caso houvesse alguém criativo poderia transformar o livro num belíssimo filme ou minissérie que juntasse da melhor maneira possível quase tudo que se aborda nele. Os locais citados, os especialistas consultados, a história através de fotos e reconstituições, os efeitos para abordar tanto o macro quanto o micro e coisas mais abstratas, numa incrível jornada do conhecimento. Kubrick, cadê você?
Dentre as várias coisas que ficam há a real sensação que nós não sabemos de absolutamente nada ainda, o que não deixa de ser engraçado diante de tantos estudos. O oceano, tão próximo, é quase uma incógnita, imagine o resto. Isso sem falar no próprio corpo do ser humano (o cerébro sendo ainda um grande mistério). O redimensionamento do passado da Terra dá uma melhor noção de como o ser humano é quase uma vírgula em sua história, marcado por muitas mudanças e várias grandes extinções (nossa presença está retendo que outra espécie de ser a próxima espécie dominante como os dinossauros foram para nós?).
Quando pensamos nos cientistas dá para se pensar em que condições conseguiram realizar seus feitos, a permanente curiosidade, a possibilidade (social, financeira) de dedicação absoluta ao objeto de interesse, as rejeições constantes pelos orgãos e acadêmias oficiais (como numa piada exposta no livro as etapas que uma nova idéia percorre: primeiro é negada por todos, depois um pouco aceita, mas considerada sem muito valor e finalmente é reconhecida, mas à pessoa errada é dada a fama da descoberta) e em vários casos o reconhecimento tardio, não em vida, dos estudos e descobertas alcançadas.
Ao final Bryson dá um tom ambíguo da grandeza e baixeza do ser humano em sua curta trajetória até aqui. Capaz de se estudar e alcançar tamanhos feitos e ao mesmo tempo ser um dos maiores carrascos de todos os tempos (estamos na média de 600 à 1000 extinções de animais e plantas por semana!). A grande variedade do planeta em todo esse tempo nunca esteve tão em baixa como agora, com nossa presença.
Gostaria que o livro até fôsse disponibilizado para estudantes do segundo grau, a simples leitura deste seria melhor do que várias aulas sobre as várias matérias e poderia até despertar maior interesse nos alunos para muitos dos temas abordados, assim o que antes via como chato em biologia, química, geografia poderia ser fascinante caso abordado do ângulo mais sedutor. Indico à todos, leigos como eu, que tenham um mínimo de interesse no mundo, no ser humano e no universo.
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quarta-feira, agosto 23, 2006
Valentin (Valentín) •••1/2
Bonito filme de Alejandro Agresti com uma história terna de memórias e crescimento. O garoto Rodrigo Noya tem ótimo desempenho auxiliado por um competente elenco. Mesmo sem qualquer novidade nesse tipo de abordagem (ainda mais quando quem lembra da história virou escritor ou artista) o que conta a favor é a sinceridade da coisa. As percepções que se formam através dos exemplos mais velhos, os laços que podem ligar diversas pessoas aparentemente sem ligações. Encanta a presença de Julieta Cardinali que por um momento esquecemos que é a namorada do pai do garoto e passamos a nos perguntar se não seria ela a mãe.
Espíritos – A Morte Está Ao Seu Lado (Shutter) ••1/2
Mais um suspense/terror oriental usando a mesma temática de espíritos aparecendo em fotos e um carma para ser resolvido. Alguns sustos e bons momentos envoltos nos mesmos traumas que causam toda essa história (no caso um estupro coletivo) e nos mesmos momentos de tensão.
Garota Da Vitrine (Shopgirl) •••1/2
Sensível filme de Steve Martin que mesmo não dirigindo escreveu o rotero baseado no seu próprio livro. Bem pessoal no que se refere à relacionamentos e à cidade de Los Angeles (um L.A. Story mais sério, mais romântico). Interessante a comparação para nos dizer onde Martin está atualmente como pessoa e como vê sua própria trajetória (no filme anterior era um pouco mais otimista com seu alter ego). Claire Danes brilha sem brilho, uma das raras que consegue se passar por uma simples garota, funcionária de uma grande loja, vivendo sozinha sem que fique falso demais. Ao menos Martin vê com esperança a geração mais nova do que ele.
O Documento Holcroft (The Holcroft Covenant) •••
Eficiente thriller de John Frankenheimer baseado em Robert Ludlum. A história gira em torno de uma fortuna guardada por nazistas na segunda grande guerra esperando todo esse tempo os herdeiros do trio que sela um pacto de morte. Aparentemente o dinheiro era pra ser usado como forma de reparação aos erros cometidos, mas o herdeiro principal, Michael Caine, começa a perceber que não é exatamente isso. O uso dos planos inclinados é a marca maior do visual do filme. Há uma leve ação, mas nada que possa ser palco para Frankenheimer se exercitar como consegue. Apenas a cena final parece deslocada, poderia ter sido em menor espaço de tempo depois da última ação.
Bom Dia, Noite (Buongiorno Notte) •••1/2
Belo filme de Marco Bellocchio sobre o caso Aldo Moro pelo ponto de vista de uma das sequestradoras. Uso curioso e eficaz de Pink Floyd na trilha. As misturas de realidade e sonho mais do que um mero recurso são o posicionamento final de Bellocchio diante dos fatos. Em último instante ele celebra a liberdade da imaginação e não a realidade da política (que mais parece religião). Como não lembrava o desfecho do caso real o filme assumiu para mim até um quê de suspense. Senti falta de uma conclusão para o personagem do escritor que paquera a sequestradora no trabalho.
Click (Idem) ••
Remake mal disfarçado de A Felicidade Não Se Compra que já era inspirado em Charles Dickens que teve melhores resultados em Um Homem De Familia. Sendo muito óbvia a cena chave dele deitando na cama e a partir dali acontecerem todas as loucuras nada realmente empolga pois já se sabe que tudo é um sonho e que voltaremos naquele ponto para ele mudar de vida; Christopher Walken é como o espírito do passado, presente e futuro em uma só pessoa (assim como nos dois outros filmes citados). A vantagem dos dois outros é que o espectador sabe de tudo que está acontecendo e por isso consegue refletir melhor as recordações e projeções. Quase que poderia tomar o rumo do De Volta Para O Futuro em alterar as realidades através de mudanças no passado, mas isso não ocorre. O filme ainda quando tenta fazer comédia é sem graça (tendo mais uma vez o amigo Rob Schneider fazendo ponta, desta vez o árabe do início) e quando é sério vira dramalhão. As canções e camisetas anos 80 que o Sandler bota em todo filme dele começam a cansar já que não acrescentam nada ao que se está contando (apenas mostra que o pai ainda é bem imaturo, mas como isso é constante em Sandler é algo até sem querer). O diretor é o inespressivo Frank Coraci.
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segunda-feira, agosto 21, 2006
Pesquisa Literária 2006 (2)
Mais algumas respostas recebidas, muito bem vindas e agradecidas.
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5 Últimos Lidos:
- Hellboy: Odd Jobs, de Mike Mignola & Gahan Wilson & Yvonne Navarro et al - Pattern Recognition, de William Gibson - Why Programs Fail: A Guide To Systematic Debugging, de Andreas Zeller - A Hunter Like Fire, de Greg Stolze - Blood In, Blood Out, de Lucien Soulban
5 Últimos Que Mais Gostei:
- Good Omens, de Terry Pratchett & Neil Gaiman
- Pattern Recognition, de William Gibson
Esse foi o meu primeiro livro do Gibson na verdade, shame on me. A história é fabulosa, e ele consegue criar um ótimo ambiente cyber-punk sem implantes biônicos, robôs maléficos e mega-corporações, quer dizer, tem *uma* mas ela não é tão mega assim.
- The Wee Free Men, de Terry Pratchett
- Até Logo E Obrigado Pelos Peixes, de Douglas Adams
- Hellboy: Odd Jobs, de Mike Mignola & Gahan Wilson & Yvonne Navarro et al
Esse foi realmente uma grata surpresa, muito melhor do que eu imaginava, prato cheio para quem gosta de histórias de fantasmas e monstros.
Francisco Arêas Guimarães
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5 Últimos Lidos:
- Battle Royale, de Koushun Takami - Homens Do Amanhã, de Gerard Jones - O Horror Em Red Hook, de HP Lovecraft - Conan O Cimério, de Robert E. Howard - A Música Do Filme, de Tony Berchmans
5 Últimos Que Mais Gostei:
- Homens Do Amanhã, de Gerard Jones - Conan O Cimério, de Robert E. Howard - O Senhor Das Moscas, de Sir William Golding * - Dubliners, de James Joyce * - Desvendando Os Quadrinhos, de Scott McCloud
* releituras
Otávio Moulin
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Últimos Lidos:
- Il Signor Giovanni, de Dominique Fernandez - La Possibilité D'une Île, de Michel Houellebecq - Romain Rolland, de Stefan Zweig - Les Ronces, de Antoine Piazza
Há outros, mas já me esqueci... Acho que eram meio insignificantes.
Últimos Que Mais Gostei:
- Romain Rolland, de Stefan Zweig - Les Ronces, de Antoine Piazza
Esqueci também do resto... Minha memória anda muito ruim...
Jorge ColiMarcadores: 2006, Pesquisa Literária
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domingo, agosto 20, 2006
Vendo Beso
Como ficou famosa essa canção e esse comercial! Ouça a música! E baixe o comercial! (salvar destino como / em .flv)
"Someone is there, waiting for my song I'm only looking for someone who sings along When all my dreams, finally reach yours We will uprise and maybe find our true love We will uprise and maybe find our true love"
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sexta-feira, agosto 18, 2006
Trivial & Variado
Na mais recente contagem deu 5099 filmes vistos até hoje. Média mais ou menos.
Li "O Arco Íris De Feynman", de Leonard Mlodinow, bela intro para o Richard Feynman, se bem que é mais sobre o Mlodinow mesmo. Interessante o olhar com relação aos físicos e o medo que têm após a graduação quando são chamados para alguma universidade para continuar suas pesquisas. Será que conseguirão ter alguma outra grande idéia? Serão gênios ou mais alguns por aí preenchendo espaço? E não sendo gênios, o que farão de suas vidas? Engraçado quando Mlodinow resolve escrever um roteiro, todos olham com cara de nojo diante de tal idéia (e ele acabou escrevendo para Jornada Nas Estrelas). Depois de acabar a leitura notei que tinha lido outro livro do Mlodinow recentemente, "Uma Nova História Do Tempo", do Stephen Hawking, uma espécie de resumo, revisão e atualização do grande sucesso "Uma Breve História Do Tempo". Agora é ler "Deve Ser Brincadeira, Sr. Feynman!" e "Física Em 12 Lições" agora de autoria do próprio Richard Feynman (que figura!). E aí, você é grego ou babilônio?
Vi Primárias e Crise do Robert Drew, finalmente. Muitos anos atrás soube de seu trabalho numa entrevista para o programa "Raw Footage" que o Alec Baldwin apresentava. Geralmente se entrevistava algum cineasta independente (outros que vi lá foram David O. Russell, Joshua Seftel, Michael Pack, Allison Anders). Desde lá que tinha muita vontade de ver o trabalho de Drew. Os 2 documentários são muito bons, com Crise mostrando uma evolução com relação ao anterior. Há ainda Faces Of November, fantástico, com o funeral de Kennedy.
Finalizei a terceira temporada de The Sopranos. Eis uma série excepcional! Temporadas com poucos episódios, na média uma hora cada, e são estruturados como mini filmes independentes, mesmo que sejam os mesmos personagens e uma história central ocorra. O elenco é soberbo (dá pra entender porque Edie Falco e James Gandolfini dominavam todos os prêmios), os roteiros são excelentes e as situações extremamente reais ao ponto que é o programa favorito das pessoas retratadas no seriado, sejam mafiosos, policiais, agentes do governo, moradores de Jersey, italo-americanos, etcs. O desenvolvimento de cada personagem cativa e o destaque maior, por enquanto, é o de Carmela Soprano, mulher fascinante, de uma mistura de religiosidade, independência, dependência, culpa, tentação, força e ética fazendo com que nós vejamos o personagem de Tony Soprano de outra forma que não o de um poderoso médio mafioso, racista, truculento e infiel que sofre ataques de pânico e consulta uma terapeuta. A dinâmica dos dois e todo o assunto família tratado são riquíssimos. É há um equilíbrio muito bem realizado entre humor e violência, onde podemos rir de, por exemplo, uma matança feita por um velho tuberculoso nas últimas e achar a situação toda brutal. Ou do nada se surpreender com a morte covarde de uma prostituta sendo esmagada pelo seu "cafetão". Ao mesmo tempo que pode mostrar a frieza e facilidade de se matar alguém, atormenta os personagens e o espectador com essas mortes. Particularmente me identifico muito com certas passagens que lembram minha família (não que ela seja mafiosa), coisa que já notava em O Poderoso Chefão. Em algum ponto que eu ainda não racionalizei direito as famílias italianas e japonesas se parecem (seria por isso que as mais famosas organizações criminais sejam a cosa nostra e a yakuza?). A quarta temporada está chegando em dvd e na HBO começará a sexta e última, desta vez com 20 episódios. Bada Bing!
E que bela coincidência eu estar vendo The Shield e notar como Tony Soprano e Vic Mackey se parecem, inclusive lidando com os mesmos problemas de vigilância, de família e de uma morte antiga que ainda atormenta. Ao menos Vic não tem desmaios e nem se trata com algum médico. Outra série maravilhosa. Se na temporada passada achava que a participação de Glen Close tinha sido foda imagina nessa com Forest Whitaker? Michael Chiklis (Vic) que é o protagonista e produtor só mostra talento e coragem de chamar fodões para duelar com ele, correndo o risco de se apagar diante desses atores, mas isso só o faz mostrar ainda mais suas qualidades. E os dois seriados conseguem fazer com que entendamos e até fiquemos do lado do crime e da corrupção diante da lei e da ordem que parecem o mal. Ainda bem que essas séries não estão no momento em canais abertos hehehe
Ia botar uma foto só do Gideon e dizer que ele rules! Mas a verdade é que essa equipe de Criminal Minds é toda ótima. Mandy Patinkin que faz Gideon está extraordinário. Desde Chicago Hope que não o via tão bem. Espero que agora o cinema dê mais chances para ele brilhar. Cativante e fascinante como o trabalho dos profilers é mostrado. Para quem, como eu, adora isso não pode perder no AXN. É o que em menor escala tem-se em CSI, ainda mais que temos lá William Petersen, imortalizado num dos melhores filmes sobre essa atividade já feitos: Manhunter, do Michael Mann. É como se tivéssemos pílulas de Manhunter de 40 minutos toda semana. É, vicia!
Não tem Liga De Super Heróis? Que tal uma Liga De Profilers? Eu desejaria uma minissérie (um filme é pouco) que juntasse Jason Gideon, Will Graham, Gil Grissom (William teria que fazer papel duplo...), Frank Black, Dale Cooper, Fox Mulder (quem sabe Dana Scully), Clarice Starling e Tom Quinn. Putz, um sonho realizado. Pelo menos uma foto conjunta já seria foda demais hehe
Ah, não poderia deixar de registrar o lançamento da revista Ciência Criminal. Brincaram por aí dizendo que teria apenas um leitor, eu, mas isso é intriga, espero que tenha muitos leitores e várias edições.
Canções do momento:
Jewel - Only One Too (Stonebridge Dub Mix) Bob Seger - Against The Wind James Blunt - Tears And Rain Jackson Browne - These Days Bob Dylan - Thunder On The Mountain Motorhead - Ace Of Spades The Who - I'm One
P.S.: tirei alguns links do lado pois estavam inativos, mas voltando à ativa volto a botar aqui, foi só pra me ajudar. Tentei dar uma melhor ordem também, separando blogs de cinema, blogs pessoais, blogs de famosos, sites de notícia, sites de cinema, etcs.
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quarta-feira, agosto 16, 2006
Pesquisa Literária 2006 (1)
Bom, quebrando a própria regra que criei estou publicando as listas que já recebi (quando a meta era publicar somente quando tivesse 25 respostas). A razão disso é que acho que não vai aumentar muito o número de listas a serem recebidas. De certa forma foi uma decepção esse ano o número reduzido de respostas, ainda mais que mandei para muito mais gente que em 2004. Há algumas listas que sei que chegarão em breve, mas são poucas. A grande maioria acho que não vão vir mesmo. É uma pena pois eu realmente queria saber o que o pessoal anda lendo, tanto das pessoas que tenham links aí do lado quanto de personalidades que de uma forma ou de outra gosto e/ou tenho curiosidade em saber os hábitos de leitura.
Espero que publicando as recebidas de alguma forma incentive as que não mandaram as respostas a fazerem isso.
Relembrando que são as listas dos 5 últimos livros lidos e os 5 últimos livros que mais gostou para o e-mail renatodoho@yahoo.com.br com nome e link, se houver.
Editei as listas para terem, no máximo possível, o mesmo formato e retirando qualquer passagem mais pessoal direcionada à minha pessoa, já que é algo para ser lido pelos leitores daqui. Também procurei ver os autores quando não são citados e em livros que não descobri apenas deixei o título.
Publiquei, mais ou menos, na ordem que foram chegando.
Agradeço mesmo as pessoas que responderam.
É uma seleção bem diversa e interessante de livros.
Aí vai:
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5 Últimos Lidos:
- Filme, de Lillian Ross - The Politics Of Good Intentions, de Steven Runciman - Bonitinha, Mas Ordinária, de Nelson Rodrigues - Criadores, de Paul Johnson - O Ano Do Pensamento Mágico, de Joan Didion
5 Últimos Que Mais Gostei:
- Mémoires Intérieurs, de François Mauriac - Le Dialogue Avec André Gide, de Charles Du Bos - A Neve Do Almirante, de Álvaro Mutis - Dentro Da Baleia, de George Orwell - Blink, de Malcolm Gladwell
Marcelo Coelho
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5 Últimos Lidos:
- Neuromancer, de William Gibson - Jonathan Strange & Mr. Norrell, de Susanna Clarke - O Livro Dos Fenômenos Estranhos, de Charles Berlitz - Os Filhos De Anansi, de Neil Gaiman - O 12º Planeta, de Zecharia Sitchin
5 Últimos Que Mais Gostei:
- Jonathan Strange & Mr. Norrel, de Susanna Clarke
Fico imaginando a cagada que vai ser essa adaptação cinematografica de um livro de 815 pág. que tem Napoleão, Magia, O Gamo Rei, etc, mas seria bacana ver o Johnny Deep como Jonathan Strange, além de ter dois personagens secundários fenômenais (Vinculus e Mr. Mildermas).
- O Lobo Da Estepe / Sidarta, de Hermann Hesse
Qualquer livro do Hermann Hesse é bom demais e o Lobo Da Estepe é acima de tudo, junto com Demian (que li no ano passado), um livro que fala muito para as pessoas que não se encaixam nesse mundo, essa angústia, esse sentimento de se sentir inconfortável com o status quo. Eu acho que o J.D. Salinger tirou alguma coisa do Demian para o Apanhador No Campo De Centeio.
- Neuromancer, de William Gibson
Nunca tinho lido esse livro e apesar de ser um livro de 1984 continua super atual, atemporal. O que posso dizer, o cara simplesmente definiu todo um conceito cyberpunk, além de ter uma pitada crítica social e tecnológica. Esses dias assisti um documentario com o Gibson chamado No Maps For This Territories falando sobre o livro e tecnologia o que me deixou mais curioso para ler o novo livro dele, Pattern Recognition.
- O Jogo Do Exterminador, de Orson Scott Card
Esse livro é supreendente. Um livro de ficção de primeira, não é a toa que está na lista do TOP de livros de geeks e de ficção. Imaginar todo um conflito interestelar entre a raça humana e uma raça alienigina e usando como ponta de lança de combate crianças é muito retardado. Tentava imaginar certas passagem do livro numa adaptação de Nascido Para Matar do Kubrick com Starship Troopers do Verhoeven huahauhauhauhau. Li também a continuação, Orador Dos Mortos, parece que a série tem 7 livros e eu só tenho esses 2 em português, então se quiser saber o resto, vou ter que ler em inglês ou espanhol.
- Os Filhos De Anansi, de Neil Gaiman
Neil "Sandman" Gaiman rules. Nesse livro ele usa um Deus da mitologia africana que tinha aparecido em Deuses Americanos como condutor da história. O livro é bem engraçado, não tanto como Belas Maldições (nesse caso acho mais por causa do Terry Pratchett) mas menos elaborado que Deuses Americanos (li no ano passado), que para mim continua sendo o melhor. Deuses Americanos daria um puta filme nas mãos do David Lynch.
Marcelo
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5 Últimos Lidos:
- Beneath The Underdog, de Charles Mingus
Fraco. É uma autobiografia sexual de Mingus, com um pouco de jazz. Eu preferia o contrário.
- Sexo Anal, de Luiz Biajoni
Li como e-book; o autor escreve no meu condomínio de blogs, está à procura de editora... é uma excelente novela pulp sobre jornalismo sensacionalista. E sexo anal, claro!
- O Paraíso É Bem Legal, de André Sant'anna
Genial. Descontrução de linguagem, paisagens de fluxo de consciência, reinvenção da prosa - li crítica dizendo que é o Grande Sertão Veredas dos anos 2000.
- Fargo (roteiro), de Ethan & Joel Coen
Esse filme é muito foda! O roteiro também!
- De Vagões E Vagabundos, de Jack London
Depoimentos quase-histórias das peregrinações e vagabundagens do escritor pelos EUA. É divertido, mas não tem muita unidade.
5 Últimos Que Mais Gostei:
- O Paraíso É Bem Legal, de André Sant'anna
- Geração 90: Os Transgressores
Segunda parte da coletânea que ajudou a definir a 'nova literatura' brasileira... Grande parte do livro é muito acima da média. Não cansa, instrui, diverte, faz pensar.
- O Perfume, de Patrick Süsskind
Já havia lido há muito tempo, reli recentemente... É uma obra única, magistral, desconcertante, surpreendente... E fico pasmo ao ver a capacidade do autor de descrever tantos e tantos cheiros ao longo do livro sem ser repetitivo ou chato!
- Sexo Anal, de Luiz Biajoni
Fácil, divertido, com personagens que prendem... Um belo folhetim com sacanagem!
- Corpo Presente, de JP Cuenca
Já faz algum tempo, mas citei pq me apareceu na mente. Um livro diabólico, confuso, engendrado, parido. Corajoso. E copacabanesco como poucos.
Tiago Casagrande
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5 Últimos Lidos:
- Zombar, de Guilherme Zarvos
Guilherme Zarvos é um dos cabeças do CEP 2000, junto com o Chacal, porém, é muito melhor que ele. Esse quinto livro reúne uma pequena novela, que dá título à obra, poemas e cartas abertas virulentas a Arnaldo Jabor e Elio Gaspari. Irregular, mas em alguns momentos excelente.
- Almoço Nu, de William Burroughs
Impenetrável mais famoso livro de Burroughs, "Almoço Nu" é um delírio constante. Cartilha da conhecida obsessão por drogas, sexo (anal de preferência), e crueldade do mais letrado dos beats. Logo no começo, abandonei todas as esperanças de sentido e resolvi seguir o fluxo da leitura, sem racionalizar muito. Descobri inclusive que o livro ficava mais divertido se lido bêbado. Serviu, entre outras coisas -- como saber o nome de várias substências alucinógenas lícitas e ilícitas --, para reativar meu interesse pelo filme do Cronenberg, canhestramente chamado aqui de "Mistérios E Paixões", me fazendo comprar o dvd. Por mais fascinante que seja (impossível esquecer do dr. Benway), prefiro o autobiográfico "Junky".
- Misto-Quente, de Charles Bukowski
Na vida cronológica do alter-ego Henry Chinaski, este é o primeiro livro de sua saga, pois começa quando ele é um bebê. Porém, foi um dos últimos romances "autobiográficos" escrito por Bukowski, posterior a "Cartas Na Rua" e "Mulheres", por exemplo. Excelente livro que mostra tudo o que se tornou clichê sobre o velho Buk à perfeição: a inadequação, as bebedeiras, o ódio ao pai carrasco e a dificuldade para lidar com o sexo oposto e com o mundo. Um livro tenso, cruel e, ao mesmo tempo, divertido.
- Um Sonho Americano, de Norman Mailer
Primeiro livro que leio do monstro sagrado Mailer. Em uma edição da década de 1980, li uma orelha do Paulo Francis que dizia, mais ou menos, que Mailer era um espécime raro na literatura contemporânea americana por conjugar lustro intelectual e talento para dissecar as três principais obsessões estadunidenses: dinheiro, sexo e violência. Repleto de personagens sádicos, "Um Sonho Americano" conta a história de um ex-combatente da segunda guerra mundial que, no espaço de um dia, joga a mulher da sacada de uma cobertura e diz à polícia que foi suicídio; se envolve com uma cantora de boate que é ex-namorada de um cantor de jazz louco chamado Shago Martin, que ainda a persegue; e decide acertar as contas com o sogro milionário e psicopata. O livro começa de modo impagável, com o narrador lembrando da batalha na guerra em que matou sozinho um monte de alemães que emboscara seu pelotão na Itália.
- Pastoral Americana, de Philip Roth
Esse livro faz parte da trilogia sobre a América, completada por "Casei Com Um Comunista" e "A Marca Humana". Neste, Roth elege como leitmotiv a guerra do Vietnã. Um filho de um imigrante que prosperou nos Estados Unidos vê sua filha se revoltar contra o sistema que possibilitou a prosperidade de sua família por conta da guerra. Desestabilizado, não compreende como a filha adorada, imigrante de terceira geração, possa ter se transformado em uma radical que odeia a América e tudo que ela representa. O narrador é o ótimo personagem Nathan Zuckerman, antigo alter-ego que Roth usa nos seus melhores romances.
Em Leitura:
- Casei Com Um Comunista, de Philip Roth - Quando Eu Era O Tal, de Sam Kashner - Da Morte, Metafísica Do Amor, Do Sofrimento Do Mundo, de Arthur Schopenhauer
Fabiano Morais
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5 Últimos Lidos:
- Mesas Voadoras - O Código Da Vinci, de Dan Brown - A Arte Da Guerra, de Sun Tzu - The Brethren, de John Grisham - The Partner, de John Grisham
Heitor Miura
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5 Últimos Lidos:
É difícil porque leio muitos ao mesmo tempo diretamente ligados ao meu trabalho... Então Moliére, Bela Bartok, Dalton, Russos, Paulo Leminski, ocupam a minha mesinha de cabeçeira e o chão ao redor da minha cama...
5 Últimos Que Mais Gostei:
- The Libertines Bound Together, de Anthony Thornton & Roger Sargent - A História Do Amor, de Nicole Krauss - Zoo Or Letters Not About Love, de Viktor Shklovsky - A Faca No Coração, de Dalton Trevisan (esse eu nunca tinha lido) - Sosha, de Isaac B. Singer
Felipe Hirsch
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5 Últimos Lidos:
- Quando Nietzsche Chorou, de Irvin D. Yalom - O Caçador De Pipas, de Khaled Hosseini - Seus Pontos Fracos, de Wayne W. Dyer - Viver Para Contar, de Gabriel García Márquez - Quase Tudo, de Danuza Leão
5 Últimos Que Mais Gostei:
- Cem Anos De Solidão, de Gabriel García Márquez - Duna, de Frank Herbert - Cisnes Selvagens, de Jung Chang - Dom Casmurro, de Machado De Assis - Memórias De Minhas Putas Tristes, de Gabriel García Márquez
Adriana De Castro
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5 Últimos Lidos:
- Harry Potter E O Enigma Do Príncipe, de J.K. Rowling - O Monge E O Executivo, de James C. Hunter - O Código Da Vinci, de Dan Brown - O Sucesso Não Ocorre Por Acaso, de Lair Ribeiro (pra faculdade, rs) - A Intimação, de John Grisham
5 Melhores:
- Pollyana, de Eleanor H. Porter - Um Longo Caminho Para Casa, de Danielle Steel - Harry Potter, de J.K. Rowling - Capitães Da Areia, de Jorge Amado - O Júri, de John Grisham
Rosângela Faro
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5 Últimos Que Mais Gostei:
- Folhas Da Relva, de Walt Whitman - Todo Homem É Minha Caça, de Millör Fernandes - 31 Canções, de Nick Hornby - Dylan, de Howard Sounes - Quase Tudo, de Danuza Leão
Marcos A. Felipe
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5 Últimos Lidos:
- Idade Verdadeira, de Michael F. Roizen - As Boas Mulheres Da China, de Xinran - Cisnes Selvagens, de Jung Chang - As Mulheres Mais Perversas Da História, de Shelley Klein - Discurso Do Método, de René Descartes
Todos valeram a pena, cada um à sua maneira. Sou particularmente vidrado em assuntos relacionados ao Oriente, por isto a presença de dois livros de autoras chinesas.
Em Leitura:
- Outlaws Of The Marsh (Shui Hu Zhuan), de Shi Nai'An & Luo Guanzhong
É um calhamaço de 2149 páginas, traduzido do chinês para o inglês, totalizando 4 volumes. Já estou na metade do volume 4... Falta apenas criar vergonha na cara para ler o restante.
Marcelo Reis
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5 Últimos Que Mais Gostei:
- O Prazer Dos Olhos, de François Truffaut
Só não gostei muito da parte em que Truffaut fala mal de alguns diretores franceses, hoje desconhecidos. Os textos amorosos e de homenagem são uma delícia. Destaque para o texto em que ele comenta a origem de Jules E Jim.
- Sangue Ruim, de Joe Coleman
É um livrinho com quatro contos sobre pessoas marginalizadas e algumas belas ilustrações. Seco, violento e triste.
- Memórias De Minhas Putas Tristes, de Gabriel García Márquez
Livro fininho do grande Gabo. Achei meio esquisito e até meio pedófilo o lance do velho apaixonado por uma adolescente de treze anos, mas o texto é uma delícia.
- Por Um Fio, de Dráuzio Varella
Um dos livros mais tocantes que eu já li. Eu já tenho uma curiosidade mórbida em saber de histórias de pessoas com doenças terminais. Então o livro foi um prato cheio pra mim. A leitura coincidiu com a morte de um amigo meu e durante várias passagens do livro eu chorei.
- Guilherme De Almeida Prado – Um Cineasta Cinéfilo, de Luiz Zanin Oricchio
Dá gosto ler sobre a vida de cinéfilo e de cineasta de Almeida Prado.
Em Leitura:
- 64 Contos De Rubem Fonseca - A Semente De Mostarda, de Osho - Grandes Diretores De Cinema, de Laurent Tirard - Maldito, de André Barcinski & Ivan Finotti - Afinal, Quem Faz Os Filmes, de Peter Bogdanovich
Ailton Monteiro
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Últimos Lidos:
- O Banco, de Henry Charièrre - Fernando Meirelles – Biografia Prematura, de Maria Do Rosário Caetano - O Príncipe, de Maquiavel
Michel SimõesMarcadores: 2006, Pesquisa Literária
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terça-feira, agosto 15, 2006
I'll Be In My Trailer: The Creative Wars Between Directors And Actors
By John Badham & Craig Modderno.
Beneath the entertaining and instructive war stories lies the truth: how directors elicit the best performances from difficult and terrified actors. You'll learn how to use proven techniques to get actors to give their best performances - including the ten best and ten worst things to say - and what you can do when an actor won't or can't do what the director wants. Includes never before published stories from veteran director, John Badham, as well as Sydney Pollock, Mel Gibson, James Woods, Michael Mann and many more.
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domingo, agosto 13, 2006
O Preço Da Paz (Price For Peace)
Documentário de Steven Spielberg junto com o historiador Stephen Ambrose sobre as guerras no pacífico durante a WWII, os diversos dias D desse lado da guerra. Começa com Pearl Harbor e mostra toda a ofensiva do outro lado do cenário da segunda guerra mundial. Servindo até como prévia dos dois filmes do Clint Eastwood que estão chegando (Flags Of Our Fathers e Red Sun, Black Sand) o documentário apresenta depoimentos dos dois lados, americanos e japoneses. Há um objetivo explícito (começando pelo título) de se tentar uma conciliação, com a equipe filmando no Japão, mostrando encontros atuais e uma cerimônia conjunta. Talvez o lado mais controvertido é quando a bomba atômica entra em debate, muitos veteranos americanos além de defenderem o uso naquela situação continuam achando que foi a escolha certa enquanto os japoneses questionam isso. Como não há o lado político não se toca no assunto da propaganda anti-comunista que geralmente é usada como motivo para que os EUA tenham lançado as bombas no Japão, ressaltasse que pelo espírito combativo japonês apenas assim eles realmente se renderiam. Creio que foram esses fatores junto com diversos outros que deram condições para o uso das bombas. De extras há mini documentários onde um bem interessante é sobre os cães usados no conflito, na tremenda utilidade e na enorme ligação dos cachorros com seus treinadores (eram cães, na maioria, de famílias americanas que voluntariamente deram os cães para o exército), inclusive mostrando o descaso com o cemitério dos cães e o que foi feito em relação à isso. Dava até um documentário inteiro sobre o assunto. Outros documentários foram feitos com produção do Spielberg sobre o assunto: Filmando A Segunda Guerra, We Stand Alone Together (vem como extra no box de Band Of Brothers), Burma Bridge Busters e The Pacific War que é uma minissérie que será exibida ainda este ano nos EUA.
Vingança Final (I’ll Sleep When I’m Dead)
Segunda parceria do diretor Mike Hodges com o ator Clive Owen (a primeira foi em Crupiê). Perfeita combinação pois um atua do jeito que o outro dirige ou vice versa. Owen é famoso pelo tom de voz e a classe, que encarna bem pessoas calculistas, metódicas e calmas. Hodges tem o mesmo estilo na direção, com andamento preciso, quase chegando a uma frieza inglesa, mas por isso mesmo com algo de sedutor, de planos que não parecem à toa e nem de uma montagem que se apressa em dizer algo. Claro que esse estilo não agrada à todos. O único porém do filme é o roteiro pois ao final não se mostra ou se retém todo o potencial que direção e personagem apresentam ou deixam de apresentar. A história é tão simples que se sente que faltou algo. O que ocorre é uma vingança pura e simplesmente. O motivo das ações não fica claro, o que era um início de sub-plot fica por isso mesmo e nem o destino de um personagem é mostrado (o que parece mais um erro do que uma intenção de não concluir). Fosse um roteiro mais forte o filme com certeza seria excelente. O filme despertou minha curiosidade em ver Crupiê que tenho gravado há tempos e ir atrás do famoso Get Carter. Além de outros de sua filmografia como Prece Para Um Condenado, O Homem Terminal, A Arte De Curar, Fuga Do Inferno e O Pesadelo De Sarah Scott. Será que eu reveria Flash Gordon? Foi um dos primeiríssimos filmes que vi no cinema!
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sexta-feira, agosto 11, 2006
Jackson Browne
Preciso conhecer e ouvir mais esse ótimo artista. Não é qualquer um que tem Bruce Springsteen discursando para sua entrada no Rock And Roll Hall Of Fame.
Seu álbum mais recente é o Solo Acoustic. Em Junho fez alguns shows com os amigos Pete Seeger e Dar Williams.
Infelizmente nada dele saiu por aqui em cd.
Há tantas belas canções que não cabem num único cd de coletânea, mas mesmo não sendo a seleção ideal vale baixar:
The Next Voice You Hear: The Best Of Jackson Browne
Link 1 Link 2 Link 3 senha: tpnkc
"Well I've been out walking I don't do that much talking these days These days These days I seem to think a lot About the things that I forgot to do And all the times I had the chance to
And I had a lover It's so hard to risk another these days These days Now if I seem to be afraid To live the life that I have made in song Well it's just that I've been losing for so long
I'll keep on moving, moving on Things are bound to be improving these days One of these days These days I sit on corner stones And count the time in quarter tones to ten, my friend Don't confront me with my failures I had not forgotten them"
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Revelations
Novo do Audioslave. Primeiro single:
Original Fire
"The original fire has died and gone, But the riot inside moves on"
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quarta-feira, agosto 09, 2006
Who Says You Can't Go Home
"To all our fans, thank you for another great year & another great tour. Enjoy your summer!" - Jon, Richie, Tico & David
E que venham as Nashville Sessions!
"We didn't plan any of that, it just happened. I can smell change coming again. I'm thinking of a Nashville sessions record. I'd like to knock out a quick record with a few country writers and artists and me and Richie. I'd like to get two or three artists to do duets with. I'd like to give a couple of Nashville songwriters a chance to shine, and Richie and I would write a few songs to prove we could hold our own with these guys." - JBJ
Flashback: apresentação histórica do Bon Jovi no Oscar em 1991, aqui.
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terça-feira, agosto 08, 2006
O Fino Da Vigarice (After The Fox)
Comédia hilária com Peter Sellers num de seus melhores momentos. Este filme estava escondido por aqui, gravado há anos e só fui lembrar dele quando o Carlão falou sobre ele mês passado conosco (Michel, Ailton e Aguilar) em Sampa. Tive que verificar se realmente tinha o filme gravado. No começo achei curioso eu ter o filme, por que seria? Gosto de Sellers, mas não a ponto de gravar qualquer filme dele, o mesmo posso dizer de Vittorio De Sica, que dirige (e até faz uma ponta como ele mesmo). Só quando vi os créditos que descobri o motivo: o roteiro é do Neil Simon de quem sou grande fã e este é um dos seus primeiros trabalhos em cinema (adaptação de uma peça sua). Simon brinca com os elementos do gênero (assalto / cinema) da mesma forma como brilhantemente fez em Assassinato Por Morte com os filmes de mistério e detetive. A história é de um grande roubo que foi realizado por um grande ladrão italiano mais conhecido como "a raposa". Para isso ele e sua gangue roubam um set de filmagem e fingem se passar por uma equipe de cinema num vilarejo fazendo um filme com um grande astro do cinema todo paranóico por achar que está envelhecendo. Há momentos de pura gargalhada e o roteiro é cheio de ótimos momentos (como a conversa com o contato no restaurante). Tão bom quanto o filme foi ver o Carlão reencenando algumas cenas do filme em especial do soco no astro e da tempestade de areia. O filme fica ainda mais engraçado para cinéfilos quando se tira um grande sarro do cinema e em particular do cinema italiano. Entre as melhores tiradas: "o que é neo realismo?" pergunta o astro, "sem grana" responde o agente dele; a cena do "nada" (pra mim o melhor momento, de se torcer de rir) quando Sellers tem a sacada de filmar o casal de atores fazendo nada para representar a falta de comunicação entre as pessoas (uma espetada em Antonioni); o momento logo a seguir a esse quando Sellers diz que o casal tem que correr, fugir, e por mais que corram nunca conseguirão escapar de si mesmos (só de escrever já caio na gargalhada) e assim o casal começa a correr enquanto a equipe vai almoçar; Sellers explicando essa cena sem sentido e soltando "captou o simbolismo da coisa?" hahahaha!; e o crítico no tribunal que aplaude entusiasmado após ver os trechos que a câmera filmou meio que sem querer durante a farsa, chamando o falso diretor de gênio, de um talento primitivo, que o filme capta a realidade como nunca antes visto, etcs. A persona de diretor que Sellers encarna também é uma forma de satirizar Fellini, seja pelo jeito de agir como pelo visual, além do nome, Federico Fabrizi. No elenco Victor Mature, Britt Ekland (esposa de Sellers na época), Martin Balsam e Maria Grazia Buccella (uma bela mulher). O final então, é brilhante!
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segunda-feira, agosto 07, 2006
August 7, 4:15
Pela data vale relembrar a canção que Jon Bon Jovi compôs em memória à filha de seu amigo, Paul Korzilius, que foi morta na época que Jon fazia seu álbum solo.
A letra serviu de base para o curta Destination Anywhere dirigido por Mark Pellington que contou com presenças de amigos do Jon como Demi Moore, Annabella Sciorra, Whoopi Goldberg, Kevin Bacon e poemas de Terry Wolverton.
Eis uma versão acústica da canção, que acho até mais adequada. Participam Bobby Bandiera no violão e backing vocals e Lorenza Ponce no violino.
Link
Quem tiver curiosidade em saber como é a versão original, que é bem diferente (e um final bem mais dramático), só ouvir aqui.
[This song is dedicated to the memory of Katherine Korzilius] [Sometimes God calls His angels ... too soon]
It was another day Perfect Texas afternoon Mother and two children play The way they always do As they raced home from the mailbox A mother and her son Against a little girl of six years old The independent one
The deputies went door to door through all the neighborhood
They said I got some news to tell you folks I'm afraid it ain't so good Somehow something happened Someone got away Someone got the answers for what happened here today Oh no, oh no, oh no no no no
Tell me it was just a dream - August 7, 4:15 God closed His eyes and the world got mean - August 7, 4:15
Now the people from the papers And the local TV news tried to find the reason Cop dogs sniffed around for clues Someone shouted "Hit and run" The coroner cried "Foul" Her blue dress was what she wore The day they laid her body down Oh no, oh no, oh no no no no
Tell me it was just a dream - August 7, 4:15 God closed His eyes and the world got mean - August 7, 4:15
I know tonight that there's an angel up on Heaven's highest hill And no one there can hurt you baby, no one ever will Somewhere someone's conscience is like a burning bed The flames are all around you How you gonna sleep again? Oh no, oh no, oh no no no no
Tell me it was just a dream - August 7, 4:15 God closed His eyes and the world got mean - August 7, 4:15
Tell me it was just a dream - August 7, 4:15 God closed His eyes and the world got mean - August 7, 4:15
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domingo, agosto 06, 2006
Também sou fã da lonelygirl15!
Como não ser? Não conhece a lonelygirl15? A musa do YouTube! O Ricardo Calil escreveu uma nota sobre ela.
Além de ser uma gracinha, ser expressiva, falar bem, ter ótimas caras e bocas e fazer vídeos engraçados ela é fã do Richard Feynman! Pô, assim é covardia...
Que ela ganhe um seriado na tv, pelo menos!
"Episódios" que indico:
First Blog Proving Science Wrong! Daniel Returns, And More Interesting Factoids (Yay!) The Tolstoy Principle Daniel The Neanderthal
Algumas pessoas acham que ela é fake, como esse cara, mas se for é mais brilhante ainda! Até o cara admite que de um jeito ou de outro a coisa é foda!
Bree! Bree! Bree!
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sábado, agosto 05, 2006
The Wreckers - Stand Still, Look Pretty
Banda formada pelas cantoras Michelle Branch e Jessica Harp.
Single de trabalho: Leave The Pieces.
Link pro álbum.
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sexta-feira, agosto 04, 2006
Feeling The Heat
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quinta-feira, agosto 03, 2006
Pesquisa Literária 2006 (Início)
Já fiz pesquisas em anos anteriores, como em 2004. É algo que gosto de saber, perguntar e divulgar. Quero ver se consigo boas listas este ano. Então, para começar, a pesquisa é saber quais os últimos 5 livros lidos e os 5 últimos livros que mais gostou (raras vezes acontecem de serem os mesmos 5 últimos lidos). Vale tanto apenas a nomeação dos livros e autores quanto pequenos comentários sobre cada um (que sempre são melhores, contextualizando a leitura, reforçando a indicação, etcs). Como em 2004 recebi umas 23 listas eu aguardo receber 25 listas antes de publicar por aqui. Mandem as listagens para o e-mail renatodoho@yahoo.com.br junto com nome e se tiver blog coloque o link junto. Agradeço desde já todos que participarem.Marcadores: 2006, Pesquisa Literária
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A "famosa" lista de desconhecidos
Uma atualização da lista já publicada por aqui.
O que coloquei de lá pra cá:
Estranhos e Originais:
Denial – O Lado Escuro Da Paixão (Denial) Êxito Fugaz (Young Man With A Horn) Huckabees – A Vida É Uma Comédia (I Love Huckabees) Mickey One (Idem) * O Solitário Jim (Lonesome Jim) Palavras De Amor (Bee Season) Patrulha Da Montanha (Kekexili) Roger O Conquistador (Roger Dodger) Visitors (Idem)
Relacionamentos:
ABC Do Amor (Little Manhattan)
Realmente Bons:
Memórias Do Subdesenvolvimento (Memorias Del Subdesarrollo) O Milagre De Anne Sullivan (The Miracle Worker) *
* - não disponível em vídeo/vhs
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terça-feira, agosto 01, 2006
Terra Fria (North Country)
Quando vi Encantadora De Baleias disse que era um filme simples e bonito. Agora já numa produção maior não dá pra dizer que é simples e nem que o ambiente seja bonito, mas o filme fica entre o competente e o significativo. Já vimos esse tipo de história e nada nele vai realmente se destacar como novo. O que mais conta é apenas a transposição para a ficção de um caso real sem que isso se torne um telefilme (sem desmerecer telefilmes que muitas vezes se mostram melhores que muitos filmes por aí). O tema ainda toca algo importante, infelizmente, a coisa do assédio sexual em ambiente de trabalho e a opressão nas mulheres em conviver num meio masculino. Isso quando bem trabalhado dá em ótimas histórias (a série Prime Suspect é excelente e fala sobre o assunto com a chegada de uma mulher para comandar uma equipe policial inglesa masculina e machista). Talvez a melhor qualidade de Niki Caro é saber trabalhar atores pois consegue um bom desempenho geral. O tom feminista também parece ser uma marca forte sua. E cenas emocionais. Mesmo que ela evite há cenas claramente não há como não ficar engasgado. Neste filme isso ocorre algumas vezes e funcionou comigo na cena com o pai na reunião dos trabalhadores (e também na cena seguinte ao relato revelador no tribunal novamente com o pai, já na casa dele). Destaco o grande Richard Jenkins, um coadjuvante que sempre gosto de ver atuando, que consegue uma variedade de personas e tipos, mas é a personificação de um pai. Às vezes ele é odioso, outras engraçado, outras bobão, outras sério, outras sensível, ele é demais! Recentemente ele é mais conhecido como o pai sempre presente da série Six Feet Under. Nesse filme ele consegue mudar o seu personagem sutilmente, aparentemente ele encarnava todo pessoal masculino daquela comunidade, chegando até a ser desprezivelmente machista, só que vai se transformando muito bem no decorrer da trama. Charlize Theron não precisou ficar feia para ter uma boa interpretação, convence até como mãe. O elenco de apoio conta com gente como Frances McDormand, Sean Bean, Woody Harrelson, Sissy Spacek e até Michelle Monaghan. Há cenas que deixam o espectador puto, principalmente as que a personagem de Charlize não revida ataques físicos ou verbais, mas percebemos depois que é algo que foi construído pelos traumas passados ou realmente é parte de sua personalidade. Mesmo porque é muito mais comum ver pessoas assim do que aquelas que na hora conseguem soltar frases de impacto ou revidar logicamente em situações de stress, isso fica bonito nas telas, mas é raro acontecer na vida real, por mais frustrante que isso seja. Além filme pensa-se na discriminação não só feminina (que até hoje é grande, mas pouco falada) mas de qualquer minoria que não faça parte do grupo maioritário que detém de alguma forma o poder. Em como conseguem ou tentam minar a credibilidade da pessoa ou pessoas. Penso em situações de escola, de trabalho, de times / organizações / clubes, de família, de sociedade, de política... Duas cenas parecem construídas, que parecem não ter ligação com o real e por isso podem parecer forçadas ou melodramáticas: a conversa de Sean Bean com o garoto e logo a seguir a conversa de Charlize com o filho. Mesmo que eu não tenha particularmente desgostado as cenas ficam como alvos claros para críticas e poderiam ser resolvidas de outra forma. Algumas cenas do tribunal vão um pouco além do real e servem apenas para propósito narrativo, poderia se ater aos autos do processo que continuaria forte, como ficou pode irritar muito pessoas mais ligadas em direito. Por essas e outras que muitos criticaram o filme por se afastar do caso real e dar toques melodramáticos na história do trauma da protagonista e da relação dela com o filho enquanto a assunto do assédio sexual fica de lado. Não vi sentido para a cena final, quando poderia muito bem acabar lá no tribunal mesmo, fica-se achando que algo ruim vai acontecer com a mãe e o filho e não é isso que deveria marcar o sentimento do espectador ao deixar o filme. Ah, ia esquecendo das várias canções de Bob Dylan que tocam durante o filme.
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